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sábado, 6 de setembro de 2025

Peru: um intercâmbio que transformou vidas e semeou paz

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Conhecer novas culturas é abrir portas para o inesperado, aprender com a diversidade e encontrar no outro um reflexo de nós mesmos. Essa foi a experiência de Eliza Maria Bachmann, jovem de 18 anos, filha de Juliano Bachmann e de Nádia Eliete Bauler Bachmann, que viveu por quase um ano no Peru como intercambista do Rotary. Mais do que um simples intercâmbio, sua jornada se transformou em um encontro profundo com a vida, com a amizade e com a paz.

Em entrevista à redação do Jornal do Médio Vale (JMV), a jovem timboense observa: “Fui com 17 anos e completei 18 lá. Foram 10 meses e duas semanas, de 1º de agosto até 15 de junho. Uma experiência que mudou minha forma de ver o mundo”.

Eliza relata que chegar ao Peru foi um mergulho em um universo completamente novo. “Foi um choque total, como começar a vida do zero. Idioma diferente, pessoas desconhecidas, uma nova cultura. Tudo era desafiador e, ao mesmo tempo, fascinante”.

Segundo ela, esse primeiro impacto foi o início de uma transformação: o medo deu espaço à coragem, e o desconhecido se tornou fonte de aprendizado.

Entre tantos momentos, Eliza destaca a hospitalidade peruana como um dos maiores ensinamentos. “Aprendi a ser respeitosa e gentil. Eles acreditam que gentileza gera gentileza, e eu passei a acreditar nisso também”.

As refeições, sempre compartilhadas com famílias e comunidades, se tornaram símbolos dessa convivência. “Almoços e jantares eram mágicos. Ouvíamos histórias, dividíamos risadas, e eu sentia que estava construindo algo para além da comida: estávamos construindo laços”.

Amizade, paz e transformação

Como embaixadora da paz do Rotary, Eliza percebeu que pequenos gestos eram capazes de gerar grandes impactos. “Compartilhava a cultura brasileira, ajudava em pequenas coisas e, principalmente, estava aberta a aprender com o Peru. Era um diálogo constante”.

A amizade foi o fio condutor dessa missão. “Quando a saudade de casa apertava, nos apoiávamos. Intercambistas de várias partes do mundo entendiam a dor e também a alegria do outro. Descobri que a amizade é ponte para a paz e para a compreensão entre culturas”.

O intercâmbio não apenas lhe trouxe amigos que ficarão para a vida, como também lhe mostrou o poder da empatia. “Conversar com alguém de outra cultura é revelador. Muitas vezes conhecemos o costume, mas não seu significado. E é esse saber que gera respeito e impede conflitos”.

Quando convidada a resumir a experiência em uma palavra, Eliza não hesita: transformação. Hoje, de volta ao Brasil, ela carrega o legado de ter sido parte de algo maior: “O intercâmbio me mostrou que o mundo está em constante mudança e que eu devo fazer parte dela”.

Assim, a jovem que partiu em busca de novos horizontes retorna como alguém que compreende a força das culturas, o valor da amizade e a importância de semear a paz — uma verdadeira embaixadora da esperança.

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