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quarta-feira, 30 de abril de 2025

Confira a previsão climática para o trimestre maio, junho e julho de 2025

Data:

No próximo trimestre, a previsão indica para  um cenário de neutralidade no Oceano Pacífico, sem a atuação dos fenômenos El Niño ou La Niña (Figura 1). Isso significa que as águas do Pacífico Equatorial devem seguir com temperaturas dentro da média histórica. Nas últimas semanas, a Temperatura da Superfície do Mar (TSM) nessa região se manteve estável, com variações mínimas e próximas de zero, o que reforça a expectativa de um período sem grandes influências desses fenômenos.

Figura 1: Previsão probabilística do fenômeno El Niño – Oscilação Sul. Fonte: Climate Prediction Center (CPC).

Por outro lado, mesmo sem a atuação do fenômeno La Niña, algumas regiões do estado já têm sofrido com a irregularidade e falta de chuvas, especialmente o Grande Oeste e Planalto Sul catarinense.

PREVISÃO

Aponta-se a continuidade da irregularidade das chuvas, mesmo com a maior frequência de frentes frias típicas da época. Nos meses de Maio, Junho e Julho, a tendência é que os acumulados de chuva fiquem dentro ou abaixo da média histórica no estado. Apesar da tendência, não estão descartados episódios pontuais de chuva intensa e volumosa. No entanto, esses eventos devem ser exceções, e não a regra.

Como os próximos meses serão marcados pela diminuição dos  volumes de chuva, a tendência é que a estiagem continue nas regiões mais afetadas. 

Com menos chuvas previstas, a expectativa é de mais dias ensolarados e temperaturas mais elevadas, com possibilidade de veranicos — períodos de calor fora de época. Por isso, o trimestre deve registrar temperaturas dentro ou acima da média para esta época. Ainda assim, episódios de frio intenso podem ocorrer, como é comum nos meses de outono e inverno, mas devem ser de curta duração.

CLIMATOLOGIA

Os próximos meses marcam o final do outono e o começo do inverno no Hemisfério Sul. Em maio, a chuva volta a ocorrer com mais frequência, especialmente no Grande Oeste e no leste do estado. As regiões do Extremo Oeste e áreas que fazem divisa com o Rio Grande do Sul, devem concentrar os maiores volumes. Isso se deve a influencias de passagens mais frequentes de frentes frias, que favorecem a formação de instabilidades.

Nestas regiões, os temporais vêm acompanhados por raios, rajadas de vento e eventual queda de granizo, com volumes médios de chuva variando entre 120 e 200 mm. Já na metade leste catarinense, incluindo o litoral, o volume de chuva varia entre 100 e 150 mm, devido à menor influência da circulação marítima. 

No mês de junho, o volume de chuva é semelhante ao mês anterior em áreas do Extremo Oeste e Oeste com acumulados médios entre 150 e 200 mm. Já no Litoral, os volumes ficam entre 75 e 125 mm. No Vale do Itajaí, os acumulados variam entre 100 e 150 mm.

Com o avanço do  inverno, os volumes de chuva tendem a diminuir ainda mais em todo o estado. Em julho, os acumulados médios ficam entre 75 e 125 mm no Litoral e regiões próximas. Nas demais áreas os índices variam de entre 125 e 150 mm.

No mês de maio, a grande amplitude térmica marcará os dias, com noites mais frias e tardes mais quentes, devido à atuação de massas de ar seco e frio. Em junho e julho, as tardes também ficam mais frias, especialmente nas áreas mais altas do estado.

HISTÓRICO DE OCORRÊNCIAS

De acordo com o Perfil Histórico de Desastres do Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina (PPDC-SC), que abrange 29 anos de dados (1995-2019), foram registradas 5540 ocorrências de desastres. 

As ocorrências de chuvas mais intensas costumam se concentrar entre os meses de setembro e março (Figura 1). Já entre maio e julho, com a diminuição das temperaturas, o padrão das chuvas sofre alterações. Esses meses são marcados por um regime de chuvas mais reduzido, o que resulta em uma diminuição nas ocorrências totais. No entanto, em maio, houve um aumento nas precipitações em comparação com o mês anterior.

Apesar da diminuição no número total de ocorrências de chuvas, o trimestre se destaca pelo aumento de registros relacionados às chuvas intensas. Nesse período, são esperados de 45 a 55 registros, número superior ao observado em outros meses, como de fevereiro a abril e de agosto a setembro, conforme mostrado na Figura 2.

A ocorrência de chuvas intensas também reflete no aumento de registros relacionados a movimentos de massa, como deslizamentos. Embora esse tipo de ocorrência seja menor em número se comparado a outros, como as enxurradas, há um crescimento significativo durante o período de maio a julho. Foram registrados 11 deslizamentos em maio, 16 em junho e apenas 2 em julho, conforme mostrado na Figura 3.

Um comportamento distinto é observado para os casos relacionados a alagamentos (Figura 4), sendo os meses de maio e junho o terceiro e quarto meses, respectivamente, com mais registros do ano (18 e 21) com uma diminuição considerável em julho (8). 

RECOMENDAÇÕES

No caso de alagamentos e enxurradas, evite o contato com as águas e não dirija em locais alagados. Não transite sobre pontilhões e pontes submersas. Cuidado com crianças próximas a rios e ribeirões. Em casos de movimentos de massa, atente-se à inclinação de postes e árvores, a qualquer movimento de terra ou rochas próximo à sua residência e ao aparecimento de rachaduras em muros e paredes. 

Durante temporais com raios, rajadas de vento e granizo, busque local abrigado, longe de árvores, placas e de outros objetos que possam ser arremessados. Na praia, não fique na água.

Fonte: DCSC

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