A Intersindical dos Eletricitários de Santa Catarina – Intercel, coletivo dos sindicatos que representam os trabalhadores e trabalhadoras da Celesc, comunica à população catarinense que a categoria entrará em greve por tempo indeterminado a partir das 6 horas da manhã do dia 12 de agosto.
O motivo da greve é a postura negligente da diretoria da empresa tanto na negociação dos direitos dos trabalhadores quanto na gestão da empresa.
No dia 18 de julho, os trabalhadores realizaram uma paralisação no atendimento que durou um dia. A redação do Jornal do Médio Vale obteve informações de um funcionário da Celesc de que a paralisação será total. Os atendimentos de emergência ou com risco à vida serão atendidos de forma voluntária. Quem precisar, deve ligar para o 0800 048 0120 ou baixar o aplicativo da Celesc no celular.
Em nota, o sindicato
informou sobre a greve:
“Apesar de todos os esforços da categoria em manter um atendimento de qualidade ao povo catarinense, a gestão desta diretoria, além de não recompor o quadro de pessoal e aumentar a terceirização, ainda implementou um sistema comercial que continua trazendo transtornos. Essas decisões levam os trabalhadores a situações inseguras, tanto físicas quanto mentais, prejudicando a população como um todo.
Neste cenário, os trabalhadores da Celesc, que têm se dedicado a garantir o atendimento à população, ainda têm sido atacados pela diretoria. Não há valorização dos celesquianos enquanto responsáveis pelos bons números técnicos e financeiros da empresa. Mesmo com uma proposta encaminhada pela Intercel em dezembro de 2023 para o Acordo Coletivo de Participação nos Lucros e Resultados 2024, a diretoria não formalizou uma contraproposta, apostando em uma tentativa de divisão e enfraquecimento dos trabalhadores.
A negligência beira a irresponsabilidade na gestão do patrimônio público, uma vez que a PLR é calculada através do resultado de um Contrato de Gestão e Resultados, aprovado no fim do último ano. Passados oito meses, as metas já estão sendo apuradas e, mesmo assim, a diretoria ainda não definiu o Acordo dos trabalhadores.
Deste modo, resta aos empregados a mobilização em defesa de seus direitos. Os trabalhadores pedem apoio à sociedade para que seus direitos sejam respeitados, garantindo condições para que o serviço de qualidade prestado pelos celesquianos continue a ser realizado.
Durante a greve, os serviços essenciais serão mantidos de forma voluntária pelos trabalhadores, reforçando o compromisso com a população.
Os sindicatos reafirmam a necessidade de avanços nas negociações dos acordos coletivos e da mudança de postura da diretoria da Celesc, para que os trabalhadores sejam valorizados e continuem a atender o estado de Santa Catarina com responsabilidade e qualidade, promovendo o desenvolvimento social e econômico do nosso estado.