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sábado, 28 de setembro de 2024

Situação da Gripe A no Estado é apresentada em webconferência

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Situação da Gripe A no Estado é apresentada em webconferência
DOENÇA: Segundo autoridades, a maioria dos 69 casos confirmados em Santa Catarina tiveram tosse e f …

Cleiton Baumann

FLORIANÓPOLIS – A Secretaria de Estado da Saúde realizou ontem, dia 6, uma webconferência sobre a Gripe A. A diretora-geral da SES, Carmen Zanotto, o diretor da Vigilância Epidemiológica, Luis Antonio Silva, e médicos especialistas em doenças respiratórias apresentaram, das 14 às 17 horas, o panorama da Influenza em Santa Catarina e esclareceram as formas de manejo clínico dos pacientes de acordo com o novo protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde.
O levantamento de dados realizado pela Dive mostra que na maioria dos casos confirmados no Estado – 69, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde na quarta-feira, dia 5 – os sintomas mais comuns foram tosse e febre. A faixa etária mais atingida pela Gripe A vai de 20 a 39 anos de idade, e a incidência é proporcional em ambos os sexos.
Dos 293 municípios catarinenses, 36% notificaram casos suspeitos da doença e, desses, somente 8% contam com pessoas contaminadas pela doença. Isso demonstra que a circulação do vírus H1N1 ainda é restrita a alguns pontos do território catarinense, apesar de a incidência de doenças respiratórias aumentar nessa época do ano. No inverno, cerca de 3 mil pessoas são internadas mensalmente em decorrência de pneumonia ou gripe comum.
Durante a webconferência, foi debatida a situação das gestantes, com apresentação da conduta terapêutica adequada a esta população. Também foi revisada a administração do medicamento para públicos específicos, como os portadores de obesidade mórbida. Todos os pacientes que necessitarem do tratamento receberão o medicamento gratuitamente, independentemente se realizaram a consulta em unidade pública de Saúde ou clínica particular. A partir de hoje, dia 7, a SES vai disponibilizar no site www.saude.sc.gov.br o novo protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde para que os profissionais da área possam consultá-lo.
Os médicos também expuseram as precauções que os profissionais de Saúde devem tomar no ambiente hospitalar. Além do uso dos equipamentos individuais, como luvas e máscaras, é indispensável o cuidado na higienização das mãos. Também é necessário manter os ambientes arejados com as janelas dos consultórios abertas. A definição sobre visitas ficou a cargo de cada unidade, que poderá limitar o número de pessoas autorizadas a entrar nos setores de internação.

Números no Brasil
O Ministério da Saúde divulgou na quarta-feira, dia 5, um boletim sobre a Influenza A (H1N1) – gripe suína – e informou que 96 pessoas no Brasil morreram até o dia 1º de agosto.
No boletim, o Estado do Paraná aparece com 15 óbitos, mas a Secretaria Estadual de Saúde anunciou na terça-feira, dia 4, um total de 25. Ao todo, o país registrou 2.959 casos confirmados da doença no período de 25 de abril a 1º de agosto. Entre as pessoas infectadas, 2.115 apresentaram sintomas leves.
De acordo com o Ministério da Saúde, a gestação e as doenças cardíacas e neurológicas são os principais fatores de risco para óbito, entre os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por infecção pelo vírus da influenza A (H1N1) – gripe suína. Dos 96 óbitos registrados até o dia 1º de agosto, 14 eram gestantes.
São considerados casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) aqueles em que a pessoa apresente febre, tosse e dispneia, acompanhada ou não de outros sinais ou sintomas. Todos os casos que evoluíram para óbito também são considerados como síndrome respiratória aguda grave.
A taxa de mortalidade dos casos confirmados de SRAG causada pelo vírus Influenza H1N1 é de 0,05 a cada 100 mil habitantes, segundo o ministério. Na Argentina a taxa é de 0,84 por 100 mil habitantes.
Desde a segunda quinzena de junho (24ª semana epidemiológica), o novo vírus passou a responder por cerca de 60% dos casos de gripe analisados em laboratório. O aumento na detecção da nova gripe pode indicar, além da ampliação da circulação do vírus, maior especificidade da definição de caso. 
São considerados grupo de risco, mulheres grávidas, pessoas com idade menor que 2 e maior que 60 anos, pessoas com doenças que debilitam o sistema imunológico (defesas do organismo), como câncer e aids; ou que tomam regularmente medicamentos que debilitam o sistema imunológico, pessoas com doenças crônicas preexistentes, como problemas cardíacos, pulmonares, renais, sanguíneos, diabetes, hipertensão e obesidade mórbida.

 

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Lacen de Santa Catarina fará exames para diagnosticar Gripe A
FLORIANÓPOLIS – Em meio a tanta preocupação de dezenas de casos confirmados, Santa Catarina recebeu uma boa notícia sobre a Gripe A ontem, dia 6. O Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen) foi autorizado pelo Ministério da Saúde a realizar o exame que detecta a doença. Mas, para o início dos exames, é necessário esperar a chegada de equipamentos e insumos. A previsão é que em até 30 dias o laboratório comece a operar.
Para o início do trabalho, profissionais do Lacen ainda precisam passar por um curso na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que atualmente faz os exames com as amostras enviadas por Santa Catarina. Estima-se que com a realização dos exames no Estado, os resultados não demorem mais que 48 horas.

 

Rio Grande do Sul tem 32 mortes 
A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul confirmou ontem (6) mais três mortes no Estado provocadas por Influenza A (H1N1) – gripe suína. Com essas, sobe para 32 o número de mortos pela doença no estado.
Um torneiro industrial de 33 anos, que morreu no dia 25 de julho no município de Carazinho e uma aposentada de 70 anos, morta no mesmo dia em Caxias do Sul, não apresentavam problemas de saúde antes de contrair a gripe.
Uma dona de casa de 51 anos portadora de diabetes, morreu  no dia 27 em Passo Fundo. Segundo a secretaria, nenhum dos três mortos havia saído do Estado.

 

Estado libera professoras e servidoras gestantes do trabalho
O secretário de Estado da Educação, Paulo Bauer, decidiu dispensar temporariamente as professoras e servidoras gestantes da rede estadual de ensino de suas respectivas atividades. O ato, tomado em caráter preventivo diante da ameaça do vírus da Gripe A, esta em vigor desde ontem, dia 6, e vai até o próximo dia 14.
Professoras e servidoras gestantes devem apenas apresentar um atestado médico confirmando sua condição para se afastarem do trabalho neste período. “Nossa intenção é preservar as condições de saúde de nossas professoras e servidoras que tanto fazem pela Educação de Santa Catarina”, comentou Bauer.
Aos diretores das escolas, a Secretaria determina que as unidades sejam organizadas para que continuem funcionando dentro da normalidade sem a contratação de ACTs para substituir as eventuais mulheres dispensadas. “Pedimos a compreensão de todos em função do momento que estamos enfrentando”, concluiu Bauer.

 

Indaial  monitora casos de síndrome gripal
O Departamento de Vigilância Epidemiológica de Indaial informa que nesta semana estão em monitoramento 15 pacientes com síndrome gripal. Essas pessoas apresentam febre, tosse e possuem fator de risco (idade superior a 60 anos, portadores de doença crônicas pulmonares, cardíacas, sanguíneas, HIV, problemas renais, entre outros, e pessoas imunodeprimidos ou que fazem quimioterapia).
Segundo os profissionais da Vigilância Epidemiológica, estes pacientes são apenas acompanhados diariamente, e não foram coletados exames porque não tinham os sintomas característicos, lembrando que as crianças são monitoradas por 14 dias. O município de Indaial não tem casos confirmados da Gripe A. No momento a Vigilância está aguardando o resultado de exames de quatro pacientes.

 

Informe-se sobre a doença

O que é a gripe suína?
É uma doença respiratória de porcos causada pelos vírus Influenza do tipo A. Uma nova mutação do vírus A/H1N1, entretanto, está sendo capaz de transmitir a gripe suína entre humanos, especialmente no México e nos Estados Unidos.
 
Existe vacina contra a gripe suína?
Não. Nenhuma vacina disponível hoje no mundo é capaz de prevenir a doença em humanos. Mesmo assim, os idosos com 60 anos ou mais devem receber uma dose da vacina contra a gripe (comum), durante a campanha de imunização que vai até o dia 8 de maio em todo o país, para se protegerem contra complicações causadas pelos principais vírus da doença em circulação.
 
Deve-se evitar o consumo de carne de porco para prevenir a doença?
Não. De maneira nenhuma é possível contrair este tipo de gripe comendo carne de porco. Uma vez aquecido a 70º C, o alimento, mesmo se estiver contaminado, tem o vírus completamente destruído, não havendo qualquer risco à saúde.
 
É necessário tomar algum medicamento antiviral como precaução?
Há medicamentos no mercado disponíveis para tratamento de pessoas infectadas, mas tomar antivirais sem necessidade, apenas como prevenção, é ineficaz e pode gerar resistência do vírus.
 
Se estiver com sintomas de gripe, como a pessoa pode saber se é Influenza A?
O principal critério, neste momento, é o epidemiológico. Se a pessoa tiver febre alta, cefaléia, dores no corpo, tosse e coriza, mas não for procedente de países onde há casos confirmados de H1N1, é improvável que esteja com gripe suína. De qualquer maneira, na dúvida, é recomendável que o paciente procure um serviço de saúde para orientação sobre o seu caso.

Como evitar o contágio?
É recomendável que os pacientes com qualquer tipo de gripe usem lenços para tossir ou espirrar, evitando a disseminação do vírus. E que evitem freqüentar locais com aglomerações para não transmitir a doença. Lavar as mãos freqüentemente também é importante para não infectar os demais e se proteger.

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