Mais do que um evento, a Tarde do Rock e a Feira do Vinil são uma experiência que nasce do desejo de reunir pessoas em torno da música — em suas múltiplas formas, ritmos e significados. O objetivo é claro e encantador: promover um espaço de encontro, troca e celebração da cultura musical, unindo gerações por meio de sons que emocionam e formatos que contam histórias.
Neste sábado, dia 12 de julho, a partir das 14h, o Museu da Música de Timbó abre novamente suas portas — e sua alma — para receber esse momento tão esperado por quem carrega a música no coração. Com entrada gratuita, o evento é um convite aberto à celebração dos sentidos, da memória e da arte sonora em sua forma mais genuína.
Ao ar livre, sob o céu de inverno, o público será embalado por sonoridades que marcaram gerações. Elis Bueno, à frente da banda Karrie King, presta um tributo vibrante à eterna Rita Lee e aos clássicos do rock nacional e internacional. Em seguida, a banda Esmerald transporta os presentes para a atmosfera mágica dos anos 70, com uma seleção especial repleta de atitude e alma.
Enquanto isso, dentro do museu, o tempo parece desacelerar. A Feira do Vinil transforma o ambiente num verdadeiro santuário para os apaixonados por música analógica. Expositores de diversas cidades do Sul do Brasil se reúnem para compartilhar, trocar e celebrar a beleza tátil do disco de vinil — um formato que continua encantando novas gerações pela sua materialidade e potência emocional.
Oscar Antonio, da Oscar Discos (Gaspar), descreve a experiência com poesia: “Garimpar um disco é como folhear memórias ainda desconhecidas. Cada capa, cada faixa, carrega um fragmento de história. O vinil tem alma — e essa alma se conecta com a nossa de um jeito que o digital jamais alcançará”.
Breno de Paula, do coletivo Torta Discos (Blumenau), volta ao evento pela terceira vez e reconhece o poder desse reencontro com a música: “Ver jovens e veteranos redescobrindo o vinil é emocionante. A cada edição, esse evento cresce — não só em público, mas em afeto”.
Também de Blumenau, Najuí Estrázulas (Áudio Naju) participa desde as primeiras edições e celebra o ambiente acolhedor: “É sempre um prazer voltar. O museu tem uma energia especial, e tudo aqui é feito com muito carinho. São momentos como esses que nos lembram por que amamos o que fazemos”.
De Itapoá, Ere Mar, da Meduzah, reforça o laço emocional criado pelos discos: “O vinil é uma ponte para as nossas lembranças mais queridas. Estar aqui, cercado por essa atmosfera de resgate e afeto, é um presente”.
Desde 2011, a Tarde do Rock transforma o Museu da Música em palco para bandas autorais e covers da região. Em 2015, a Feira do Vinil passou a integrar a programação, conquistando seu lugar cativo no coração do público — um espaço onde colecionadores, curiosos e apaixonados se encontram, unidos por uma paixão que resiste ao tempo.
A curadoria dos expositores garante diversidade e qualidade: LPs novos, usados, raros, nacionais e importados — todos selecionados com cuidado e apresentados em perfeito estado.
E não poderia haver cenário mais inspirador: instalado em um prédio centenário tombado pelo Iphan, o Museu da Música abriga mais de duas mil peças, sendo referência nacional em preservação e educação musical. É um espaço onde o passado ecoa, e o futuro encontra seu tom.
A programação cultural do Museu segue aquecendo os corações. No domingo, 20 de julho, acontece mais uma edição do encantador Café Musical. A partir das 9h30, o público é recebido com um café gratuito, seguido por apresentações musicais às 10h. Sucesso desde 2009, o evento é sinônimo de acolhimento, variedade e beleza, reunindo entre 50 e 100 pessoas por edição.
Outros momentos marcantes também fazem parte do calendário anual, como os Concertos Noturnos, a mágica Noite dos Candelabros, as Oficinas de Férias e exposições temáticas que levam música e cultura também para escolas e outros espaços da cidade.
