Tradicional festa de São Cristóvão acontece em Rio dos Cedros
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Clarice Graupe Daronco

“A Comunidade Paroquial Imaculada Conceição, de Rio dos Cedros, no domingo, dia 24 de julho, promoveu grande festa popular em homenagem a São Cristóvão, padroeiro dos condutores e das condutoras de veículos. Devotos de outras cidades aderiram ao evento que contou com bênção dos participantes com seus diversificados meios de condução”. As informações são do responsável pelo setor de Comunicação da Diocese de Blumenau, padre Raul Kestring.
Segundo o profissional “o ponto alto da festa, porém, vivenciou-se na festiva missa presidida pelo pároco padre Fernando Steffens. Celebrou-se também, nessa ocasião, o 2º Dia Mundial dos Avós e Idosos, instituído pelo Papa Francisco em janeiro de 2021. ‘Dão fruto mesmo na velhice’ (Sl 92, 15) constitui- -se no lema inspirador dessa comemoração. Foi o bispo santo Ambrósio (+397) que perpetuou a memória do mártir São Cristóvão, morto no ano 250, durante a perseguição decretada pelo imperador romano Décio. Relatou também Ambrósio alguns feitos de Cristóvão. Tornando-se cristão, com sua incomum estatura, dedicou- -se a ajudar os viajantes na travessia de um rio largo e de águas profundas. Muitos já haviam morrido naquelas águas. O aprofundamento da vivência da sua fé, todavia, levou- -o, mais tarde a pregar o Evangelho em regiões do Oriente Médio. O grande sucesso do seu apostolado chamou a atenção das autoridades romanas que mandaram prendê-lo, exigindo-lhe adorar falsos deuses, inclusive prestar culto ao imperador. Duas prostitutas, Nicéia e Aquilínia, receberam a incumbência de ir à prisão para mudar a vida daquele homem, mas acabaram convertidas por ele e depois também martirizadas”.
Kestring observa que “o fato, porém, que tocou a alma dos cristãos posteriores foi a ajuda do santo aos viajantes, naquele perigoso rio. Na verdade, reconheciam naquele trabalho um nítido gesto de caridade, recomendada pelo Senhor Jesus como caminho de salvação. O apóstolo Paulo, diz que, neste mundo, vivemos da fé, da esperança e da caridade. Dessas três virtudes, só a caridade permanecerá (Cf. 1Cor 13,13). O amor, porém, não só traz salvação depois da morte. Um mundo novo, uma nova sociedade tem seu fermento já, agora, nessa virtude assumida pelos discípulos do Salvador e por mulheres e homens de boa vontade”.
O profissional relata que “declarado protetor dos viajantes, primeiro pelo povo e depois oficialmente pela Igreja, São Cristóvão inspira muito vivamente intercessão, ajuda celeste, aos transeuntes. Em nossos dias, pouco se viaja de pé, como ocorria em tempos passados. O veículo torna-se o meio de percorrer as estradas. Por isso, condutores e condutoras buscam o padroeiro para que, nos perigos e obstáculos, sejam protegidos e iluminados. Até pelas beiras dos caminhos frequentemente encontramos capelinhas, capitéis, ali edificados em ação de graças por favores, milagres, operados pela fé em Deus, mas com confiança na intercessão do grande santo”.