Em 2019, a vida de Cristiane Santos de Jesus, moradora de Timbó, tomou um rumo inesperado. Um simples tombo no vestiário da empresa onde trabalhava mudou completamente o seu destino. O que parecia uma lesão passageira transformou-se em uma longa e dolorosa batalha pela saúde, pela mobilidade e pela vida.
“Caí e bati a frente do joelho. Achei que no outro dia estaria tudo bem”, recorda Cristiane em entrevista à redação do Jornal do Médio Vale (JMV). Mas o tempo mostrou que não seria tão simples. Vieram as dores, o inchaço, o afastamento do trabalho, os remédios, as consultas e uma sequência de exames. Foram anos entre idas e vindas a médicos, internações, fisioterapias e cirurgias. Em 2022, após a primeira cirurgia, ela acreditou ter vencido a batalha, mas a recuperação foi interrompida por um novo obstáculo: tumores benignos começaram a surgir novamente na perna.
Mesmo com toda a fé e perseverança, o quadro se agravou. “Levei quase 50 pontos na última cirurgia e, mesmo assim, os tumores voltaram. Cada vez que retornam, deixam minha saúde mais debilitada”, conta. Agora, sob orientação médica, Cristiane precisa passar por uma amputação: um passo difícil, mas necessário para seguir vivendo sem dor.
O procedimento, orçado em R$ 13 mil, inclui a cirurgia no Hospital e Maternidade Oase, o acompanhamento anestésico, consultas pré e pós-operatórias, e cuidados durante os três meses seguintes. Mesmo com descontos e o apoio do Sistema Único de Saúde (SUS), os custos ainda são altos para a família, que enfrenta dificuldades financeiras.
“Meu marido também passou por cirurgia recentemente, estamos com dívidas e despesas com medicações e consultas”, explica Cristiane, com voz serena, mas carregada de emoção. Por isso, ela e amigos decidiram organizar uma rifa e um pedágio solidário em Timbó. A meta é arrecadar recursos para custear o tratamento antes e depois da cirurgia, além da tão esperada operação.
As pessoas podem participar da rifa ou contribuir diretamente via Pix (47989001296 – PicPay, em nome de Cristiane Santos de Jesus). O pedágio solidário será realizado em pontos estratégicos da cidade, com apoio de voluntários e comerciantes locais, no dia 8 de novembro.
Mesmo diante das dificuldades, Cristiane não perde a esperança. “Peço que Deus abençoe grandemente cada pessoa que puder ajudar. Que Ele retribua em dobro. Só quero poder viver sem dor e voltar a caminhar com dignidade”, diz ela, com gratidão nos olhos.
Entre lágrimas e sorrisos, a história de Cristiane é um retrato da força silenciosa que brota nos momentos mais sombrios da vida — a certeza de que, mesmo quando o corpo precisa ceder, o espírito resiste. E em cada gesto solidário que surge, renasce a fé no poder transformador do amor ao próximo.