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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Timboense participa de Intercâmbio na Índia

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O intercâmbio de jovens é uma experiência transformadora que proporciona inúmeros benefícios. Quando direcionado para a Índia, esse intercâmbio pode ter um impacto ainda mais profundo devido à rica herança cultural e diversidade do país. A Índia, com sua herança cultural vasta e multifacetada, oferece oportunidades únicas para estabelecer conexões com pessoas de diferentes origens e culturas. Essas redes podem ser extremamente valiosas para futuras colaborações acadêmicas e profissionais.

Este com certeza foi o objetivo do jovem timboense João Victor Fusinato, de 18 anos, filho de Claudia Celina Moser e Fernando Fusinato, ao realizar um intercâmbio em Vadodara, uma cidade localizada no estado de Gujarat, na Índia. É conhecida por sua rica história, arquitetura magnífica e locais turísticos impressionantes. Situada às margens do rio Visvamitra, a cidade tem aproximadamente dois milhões de habitantes.

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Em uma entrevista à redação do Jornal do Médio Vale (JMV), João Victor compartilha como surgiu a oportunidade, suas principais expectativas antes da viagem e como foi sua adaptação à cultura indiana. Ele também discute desafios específicos que enfrentou, experiências marcantes, sua interação com os habitantes locais e os aprendizados culturais que obteve. Além disso, reflete sobre como essa experiência influenciou sua visão de mundo e suas perspectivas pessoais e profissionais.

Sobre como surgiu a oportunidade de participar do intercâmbio na Índia, João Victor explica: “Soube do programa Rotary Youth Exchange Program (RYEP) através do Rotary Club e imediatamente me interessei em me candidatar. Após um extenso processo de preparação e avaliações – incluindo apresentações, testes de conhecimento geral e rotário, avaliação psicológica e redação – fui aprovado para o intercâmbio”.

Quando questionado sobre suas expectativas antes da viagem, João Victor comenta: “Eu esperava que a experiência fosse culturalmente enriquecedora, dada a diversidade de tradições, religiões e culturas da Índia. Sabia que a adaptação seria desafiadora, especialmente devido às diferenças na alimentação e no cotidiano em relação ao Brasil. Todas essas expectativas foram atendidas e a experiência superou o que eu imaginava”.

Ele descreve a adaptação à cultura indiana: “A adaptação levou cerca de três meses, mas depois me familiarizei com a cultura. Participar de festivais tradicionais, danças e eventos religiosos foi enriquecedor, embora desafiador inicialmente, principalmente devido à complexidade das cerimônias religiosas e à alimentação predominantemente vegetariana. O trânsito caótico também foi um desafio, mas acabei me acostumando com o tempo”.

João Victor compartilha uma experiência marcante: “Uma das vivências mais inesquecíveis foi a viagem ao norte da Índia, onde conheci os Himalaias e o deserto do Rajastão. A exuberante beleza dos lugares, junto aos antigos e tradicionais templos, foi única e difícil de encontrar em outro lugar. Também visitei os estados de Rajastão, Punjab, Himachal Pradesh, Maharashtra, Karnataka, Tamil Nadu, Kerala e a capital da Índia, Delhi”.

Sobre a interação com os habitantes locais, ele afirma: “Fui muito bem recebido pela minha família anfitriã, que me tratou com grande carinho. Os indianos são extrovertidos, atenciosos e curiosos sobre o Brasil. A convivência com outros intercambistas também foi enriquecedora, e fiz várias amizades duradouras. Aprendi sobre uma realidade cultural totalmente diferente da nossa, o que expandiu meus horizontes e me ajudou a compreender aspectos da vida na Índia. O contato com um povo amoroso e humilde trouxe-me maior maturidade, responsabilidade, curiosidade e tolerância”.

Questionado sobre como a experiência na Índia influenciou sua visão de mundo e suas perspectivas pessoais e profissionais, João Victor afirma: “A experiência ampliou meu desejo de conhecer novas culturas e países, e me fez perceber o quanto o mundo é vasto e diversificado. Tornou-me mais focado, curioso e aberto a novas experiências, despertando meu interesse em estudar e trabalhar na área de tecnologia no exterior. Também valorizei muito a união familiar e o respeito pelos idosos, profissionais da educação, saúde e militares. A maneira como os indianos celebram com simplicidade e prestatividade é verdadeiramente admirável”.

Outro aspecto destacado do intercâmbio foi a participação em projetos comunitários e atividades sociais: “Participei de vários projetos comunitários, ajudando crianças, famílias e pessoas com deficiência. Contribuí com alimentos, livros e assistência em escolas e vilas afastadas, uma experiência gratificante que reforçou o valor do trabalho voluntário”.

João Victor conclui ressaltando o papel fundamental do Rotary Club em sua experiência: “O Rotary Club foi essencial, proporcionando viagens culturais, eventos educacionais e oportunidades de serviço social. O apoio do Rotary permitiu-me participar de diversos projetos comunitários e contribuições diretas para a sociedade, o que foi extremamente enriquecedor”.

Para finalizar, ele expressa seus agradecimentos: “Sou grato ao meu avô, Cecílio Fusinato, que me influenciou e apoiou desde o início, e à minha família pelo suporte contínuo. Apesar dos preconceitos que ouvi sobre a Índia, a experiência foi indescritível e superou todas as expectativas. O país é muito mais do que se vê na internet; é um lugar com uma cultura rica e um povo acolhedor, e eu realmente fiz a melhor escolha”.

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