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sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Radicalismo e ignorância

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Radicalismo e ignorância
É preciso aprender com o passado, melhorando aquilo que se comprovou ser positivo e deixando de lad …

Cleiton Baumann

Em um ano sem eleições, como este, quando os ânimos dos políticos e dos eleitores estão livres das paixões acaloradas das campanhas, é sempre um bom momento para refletir sobre aspectos de nossa política local, estadual e nacional. O que se comprova, cada dia mais, é que uma democracia moderna só é verdadeira quando há respeito ao pluralismo partidário, às instituições e à própria vontade da maioria da população apta a votar. Não podem os políticos, quando governos, acharem-se no direito de oprimir a oposição e, quando a situação se inverte, ou seja, quem era governo vira oposição e vice-versa, passarem a pregar totalmente o contrário de outrora. Esse comportamento é muito comum em países e regiões onde a democracia é frágil ou inexistente. Em algumas situações, aspectos religiosos e econômicos tentam justificar o injustificável: a tirania dos políticos. Comportamentos antidemocráticos podem ser medidos em vários níveis. No Brasil, de modo geral, a democracia avança, mas ainda há resquícios de autoritarismo tanto nos governos como na oposição. Esses resquícios vão muito além da recente ditadura militar brasileira (1964/1985). Alguns comportamentos remontam o período imperial, outros de governos republicanos como o da Era Vargas, passando pelo nazi-facismo europeu. São heranças ainda enraizadas em muitos políticos, nos mais diversos níveis, mas que influenciam e distorcem nossa democracia. Sociedade madura é aquela que não só aceita, mas que vive o pluralismo de ideias. Não é porque fulano é de outro partido, porque tem outra ideia, que deve ser olhado como inimigo, como uma ameaça. Radicalismo e ignorância estão intimamente associados, por isso devem ser combatidos e afastados da vida pública. Que os jovens políticos sejam protagonistas dessa nova ordem. É preciso aprender com o passado, melhorando aquilo que se comprovou ser positivo e deixando de lado o que se mostrou ineficaz e incorreto.

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