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sábado, 21 de setembro de 2024

Quem trabalhar terá a pena reduzida.

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Quem trabalhar terá a pena reduzida.
RESSOCIALIZAÇÃO: Convênio entre Taschibra e Unidade Prisional beneficia presos, com a diminuiçã …

Thomas Erbacher

LILIANI BENTO/JMV

INDAIAL – A cada três dias trabalhados, redução de um dia na pena. Este é um dos maiores benefícios para os presos que cumprem pena na Unidade Prisional Avançada de Indaial e vão trabalhar para a Taschibra. Mas, além disto, eles também estarão aprendendo uma profissão, visto que farão revisão nos pisca-piscas e receberão salário. Estes benefícios fazem parte do primeiro convênio assinado, na última terça-feira dia 2, entre a Unidade e uma empresa.

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O convênio firmado entre a Taschibra e a Unidade Prisional prevê que os presos receberão, no mínimo, ¾ de um salário mínimo. Este dinheiro poderá ser utilizado para a própria subsistência ou ficar guardado em uma conta bancária. Caso o dinheiro não seja utilizado, ao final da pena, quando estiver saindo da cadeia, o detento receberá um cheque no valor integral correspondente ao período em que trabalhou.

Do total recebido pelos presos, 75% é deles (desde que não corresponda a menos de ¾ de um salário mínimo) e os outros 25% são recolhidos ao Fundo Rotatório, que é gerido pelo Presídio de Joinville, para que sejam feitas melhorias na unidade de Indaial. O supervisor da unidade, Ricardo da Silva Morlo, explica a participação do presídio de Joinville, porque eles têm toda a constituição jurídica para este tipo de convênio. ?Eles estão nos apoiando?.

A intenção, segundo o supervisor, é de que todos os presos trabalhem. Esta semana ainda vão ser feitas algumas adaptações nas estruturas físicas da unidade para receber o material da Taschibra. A perspectiva é de que o trabalho comece já na próxima segunda-feira. Mas, antes do trabalho ser executado, os apenados irão receber treinamento. O diretor operacional da Taschibra, Renato Grahl, diz que o convênio promove a inclusão social, visto que remunera os presos pelo trabalho desenvolvido. ?Este modelo de convênio já funciona muito bem em Jaraguá do Sul e Joinville. Acreditamos que para Indaial também será muito positivo?, avalia.

Até bem pouco tempo, a unidade mantinha uma parceria com uma empresa de brinquedos de Rio dos Cedros para a confecção de peças para serem vendidas em lojas de R$ 1,99. Mas, segundo o diretor da unidade, não eram todos que participam. Esta parceria agora será encerrada.

Convênio com a Justiça vai melhorar as condições físicas da unidade

Para melhorar cada vez mais a vida dentro da unidade prisional, o superintendente conta que também está em vias de concluir um convênio com a Justiça para que o valor de penas alternativas seja direcionado para compra de colchões e reforma da cozinha. A atual estrutura da cozinha não comporta mais a demanda de refeições para atender os funcionários e os presidiários.

A unidade prisional comporta 65 detentos, mas a sua capacidade é para 35 pessoas. O ideal, de acordo com o superintendente, é de que houvesse mais umas 15 vagas. Mas, a superlotação não é um problema exclusivo de Indaial, mas do país. Em alguns lugares a situação é bem pior.

Em Indaial, segundo Morlo, o respeito norteia todas as decisões dentro da unidade prisional. Por isso, a tranqüilidade reina no local. Conseguimos esse clima de harmonia porque não permitimos agressões gratuitas, sejam físicas ou verbais. ?Eles estão aqui para cumprir a pena e nós o nosso trabalho?, finaliza.

Taschibra investe em dois novos depósitos

A Taschibra, com 13 anos de mercado, já é considerada a maior do Estado e está entre a terceira ou quarta empresa no setor de luminárias no Brasil. No primeiro semestre, a empresa cresceu 40%, o que motivou novos investimentos em galpões para estocagem e contratação de mais funcionários.

Grahl conta que no início do ano eram cerca de 400 funcionários. Atualmente, a empresa conta com 500 e ainda tem muitas dificuldades para contratar mão-de-obra especializada. Esse é um dos motivos para a empresa manter o programa federal ?Jovem Aprendiz?, através do qual os adolescentes de 14 a 24 anos, podem prestar serviços meio período em uma empresa, desde que esteja matriculado no ensino regular e ainda freqüente um curso profissionalizante. Da empresa eles recebem meio salário mínimo, vale transporte e refeição. ?É uma forma de obtermos mão-de-obra qualificada, visto que damos treinamento, e também auxiliar esses jovens?, diz.

Dois novos galpões, um ainda está em construção, somando 2,5 mil metros quadrados, são os investimentos recentes da empresa para depósito. ?Precisamos produzir com antecipação e ter estoque, por isso a necessidade de novos depósitos?, avalia. No total, a empresa conta com 14 mil metros quadrados de área construída.

A empresa está trabalhando também com a perspectiva de incrementar as exportações. Atualmente, as exportações representam algo em torno de 5% do faturamento. Não há um número específico a ser atingido, mas a meta é de crescer gradativamente. Entre os mercados já prospectados estão África e México. Há a possibilidade de construção de um centro de distribuição na América Latina, fora do Brasil.

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