Trabalhos de recuperação do antigo ?lixão? já iniciaram
AMBIENTAL: Projeto da obra comporta aterro, canalização, plantio de árvores e criação de lagoas …
Cleiton Baumann
CLARICE DARONCO/JMV
INDAIAL – A implantação do projeto de recuperação da área degrada do antigo “lixão”, localizado no bairro Mulde, em Indaial, teve início no último sábado, dia 4 de abril. Segundo informações do secretário de Saneamento e Meio Ambiente de Indaial, Jânio Vilson Aviz (Nico), a obra que já estava licitada e contratada pelo valor de R$ 240 mil deverá agora finalmente ser concretizada. Nico explica que do valor que será pago para a empresa que está trabalhando no antigo lixão, R$ 200 mil são provenientes do Ministério do Meio Ambiente, e R$ 40 mil é contrapartida do município.
O secretário de Saneamento e Meio Ambiente comenta que a área do antigo lixão, encontra-se abandonada há seis anos e, através do projeto, receberá um trabalho especial de recuperação. Conforme o projeto será feito aterro, canalização, plantio de árvores e recuperação do meio ambiente. Também serão criadas lagoas de tratamento para a saída do chorume e valas de saída de gás.
De acordo com o responsável pelo local, Roland Krieser a área está interditada desde 2003, quando a Prefeitura, através de um ajuste de conduta, se integrou ao Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí e passou a depositar o lixo da cidade no Aterro Sanitário de Timbó. Na época, esta foi considerada a melhor opção para os municípios da microrregião do Médio Vale do Itajaí, visto que o Aterro de Timbó está dentro de todas as normas da Fatma e possui tecnologias no tratamento do lixo depositado que não provoca degradação ao meio ambiente.
Roland destaca que o antigo “lixão da Mulde”, como era conhecido, foi usado por mais de 15 anos como depósito de lixo hospitalar, orgânico e industrial. “Muitos resíduos destes lixos, agora que as máquinas estão trabalhando, podem ser vistos em diversas partes do terreno”, frisa Roland ao mostrar-se preocupado com o trabalho da empresa. “Precisamos que o projeto seja feito de acordo com o elaborado, pois, de conforme o ajuste de conduta, é importante a criação de lagoas de tratamento para a saída do chorume e a implantação de valas para a saída de gás”, afirma Roland.
Krieser ressalta que o antigo “lixão” sofreu depósito de resíduos e aterramento em uma área superior a 45 hectares e que o dano ambiental foi a disposição irregular de resíduos sólidos e posterior aterramento com material argiloso, sem a adoção de controles ambientais programados para minimizar os efeitos causados. “Esperamos que este projeto de recuperação possa minimizar os efeitos causados pelos resíduos sólidos aterrados na área e possamos visualizar um ambiente mais saudável, onde possamos pisar sem medo de encontrarmos resíduos de lixo aqui dispostos anteriormente”, finaliza o responsável pelo local.
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