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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Dengue em Timbó: Vigilância Epidemiológica alerta para aumento de focos e reforça prevenção

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A dengue em Timbó voltou a acender o alerta das autoridades de saúde diante do avanço da doença em Santa Catarina e da chegada do período mais favorável à proliferação do mosquito Aedes aegypti. Em 2025, o Estado já registrou mais de 62 mil focos do mosquito, com 263 municípios infestados e 21 mortes confirmadas, cenário que reforça a importância da prevenção contínua também no município.

O panorama da dengue em Timbó foi detalhado pela coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Antonieta Andrade Graupe, em entrevista à Rádio Cultura de Timbó. Segundo ela, o município segue classificado como infestado pelo Aedes aegypti, especialmente após o surto registrado em maio, quando cerca de 200 casos foram confirmados em um período de queda em cidades vizinhas.

A Vigilância Epidemiológica explica que a dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. O vírus depende exclusivamente do mosquito, que se infecta ao picar alguém doente e pode transmitir a doença a várias pessoas no mesmo dia. O Aedes aegypti costuma picar no início da manhã e no fim da tarde e utiliza pequenos recipientes com água parada para se reproduzir.

Outro ponto de atenção envolve os ovos do mosquito, que podem permanecer aderidos às superfícies por até 15 meses, mesmo sem água. Quando entram novamente em contato com a água, eles eclodem. Por isso, a Vigilância orienta que a prevenção inclua lavar e esfregar recipientes com água e sabão, usando bucha ou escova, e não apenas eliminar a água parada.

Para conter a dengue em Timbó, o município intensificou as ações de controle vetorial. Toda pessoa notificada como suspeita recebe a visita de agentes de endemias antes mesmo da confirmação do diagnóstico. As equipes realizam o bloqueio larvário na residência do paciente e em um raio de 50 metros, incluindo imóveis vizinhos.

Outra estratégia adotada é a Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI), fornecida pelo Ministério da Saúde. A técnica aplica inseticida residual nas paredes internas de locais de grande circulação, como escolas, unidades de saúde, igrejas e prédios públicos. O produto permanece ativo por até quatro meses e age de forma segura para a população.

Atualmente, Timbó conta com oito agentes de endemias, responsáveis pelo monitoramento de 155 armadilhas espalhadas pelo município. Com a combinação de calor e chuvas, os focos aumentaram de sete no início de novembro para 34 nas últimas semanas, o que reforça o alerta para o verão.

A Vigilância Epidemiológica também destaca a vacinação como aliada no combate à dengue em Timbó. A vacina Qdenga está disponível pelo SUS para crianças e adolescentes de 10 a 15 anos, conforme critérios do Ministério da Saúde. Além disso, a Anvisa aprovou recentemente a vacina do Instituto Butantan, de dose única e produção nacional, que poderá ampliar a cobertura vacinal no futuro.

Com a chegada do verão e o recesso parcial das unidades de saúde, a orientação é procurar atendimento médico em casos de febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos e dores musculares. Os atendimentos devem ser direcionados à UPA, que funciona 24 horas e será o principal suporte durante o período.

Por fim, a Vigilância reforça que o combate à dengue em Timbó depende diretamente da participação da população. Quintais mal cuidados, recipientes com água parada e terrenos abandonados aumentam os riscos para toda a comunidade. Denúncias podem ser feitas para que as equipes realizem vistorias e orientações.

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