No dia 1º de dezembro é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, data dedicada à conscientização sobre o HIV e a Aids e ao combate ao estigma que ainda envolve a infecção. A Secretaria de Saúde de Timbó destaca a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do acesso universal ao tratamento, reforçando que a doença permanece como um desafio de saúde pública global.
Em Santa Catarina, entre 2013 e 2023, 25.174 pessoas foram notificadas vivendo com HIV. Somente em 2023, o estado registrou 2.492 novas infecções, com maior concentração entre homens de 20 a 39 anos. Houve também aumento nos diagnósticos de Aids, com 1.254 casos em 2023. Apesar disso, observa-se tendência de queda nos óbitos relacionados, passando de 6,3 em 2022 para 5,5 em 2023.
Em Timbó, o Serviço de Atendimento Especializado (SAE) acompanha atualmente 327 pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA). O serviço é referência regional para Rodeio, Benedito Novo, Rio dos Cedros e Doutor Pedrinho, oferecendo acompanhamento multiprofissional, testes e orientação contínua.
A Secretaria reforça que viver com HIV não é o mesmo que ter Aids. A infecção pelo vírus pode permanecer assintomática por muitos anos, e somente evolui para Aids quando o sistema imunológico está significativamente debilitado. A transmissão ocorre por relações sexuais sem proteção, transfusão de sangue contaminado, uso de instrumentos perfurocortantes infectados ou da mãe para o bebê na gestação, parto ou amamentação.
De acordo com a infectologista Regina Valim, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), o HIV/Aids ainda não têm cura, mas há tratamento eficaz e diversas estratégias de prevenção. “Sabemos que muitas pessoas podem ser infectadas com o HIV e não apresentarem nenhum sintoma durante 10 anos ou mais e, por isso, os exames são importantes, assim como o cuidado e o tratamento precoce ao ser diagnosticado com o vírus”, destaca.
Em Timbó, todas as Unidades Básicas de Saúde realizam testes rápidos, feitos com uma gota de sangue, sem necessidade de estrutura laboratorial. O resultado fica pronto em até 30 minutos e, em caso positivo, o tratamento é iniciado imediatamente, de forma gratuita.
A camisinha permanece como o método mais acessível e eficaz para prevenir o HIV, sendo disponibilizada gratuitamente nos serviços de saúde. Além dela, outros métodos preventivos também são oferecidos pelo SUS:
- PrEP (Profilaxia Pré-Exposição): indicada para pessoas com maior vulnerabilidade à infecção, como quem tem parceiro soropositivo. O uso diário do comprimido impede que o vírus infecte o organismo;
- PEP (Profilaxia Pós-Exposição): indicada após situações de risco, como relação sexual sem proteção. O tratamento deve ser iniciado em até 72 horas, por 28 dias.
A Secretaria de Saúde reforça que informação, prevenção e diagnóstico são fundamentais para reduzir novos casos e garantir qualidade de vida às pessoas que vivem com HIV. O município segue comprometido com uma rede de cuidado acolhedora, sigilosa e acessível a toda a população.
Fonte: Secom/PMT




