“Empreender vai muito além de abrir um negócio. Ser empreendedor é estar disposto a construir, aprender e crescer — não apenas de forma individual, mas também ao lado de outras pessoas que compartilham o mesmo propósito. Digo isso com experiência, pois iniciei minha jornada empreendedora ao lado dos meus sócios e sei o quanto a união pode gerar grandes resultados. Nesse contexto, o empreendedorismo colaborativo, impulsionado pelo associativismo, se apresenta como uma poderosa ferramenta para fortalecer negócios e transformar comunidades”. As palavras são de Leonardo Takata Schultz, engenheiro eletricista e empresário do setor de energia, ao comentar sobre a relevância do empreendedorismo colaborativo.
Segundo Schultz, “desde que comecei a participar do Núcleo Jovem Empreendedor da Associação Empresarial do Médio Vale Itajaí (Acimvi), compreendi o verdadeiro significado do associativismo e seu potencial de transformação. Ao contrário do que muitos pensam, o associativismo não se resume a um espaço para promover empresas, mas é, na verdade, um ambiente que favorece o compartilhamento, a colaboração e o crescimento coletivo. Trata-se de um princípio simples, mas profundamente significativo: doar antes de receber”.
Pilares do Associativismo
Schultz destaca que existem pilares fundamentais que tornam o associativismo essencial para o empreendedorismo colaborativo. O primeiro deles é a doação e colaboração. Participar de um núcleo ou associação exige, num primeiro momento, a dedicação de tempo, o compartilhamento de ideias e a entrega de conhecimento. Esse esforço inicial não gera retorno financeiro imediato, mas é valioso para o grupo e, a longo prazo, para nós mesmos. “Quando colaboramos, plantamos sementes que, no futuro, se transformam em parcerias, oportunidades de negócios e crescimento”, observa o empresário.
Outro ponto crucial, segundo Schultz, é o fortalecimento dos laços. O networking gerado em um ambiente associativo é de alta qualidade. “Em um núcleo como o Jovem Empreendedor, não estamos apenas trocando cartões de visita; estamos criando relacionamentos sólidos que nos acompanham ao longo da nossa trajetória. São conexões baseadas na confiança, na ajuda mútua e no apoio genuíno”.
Além disso, o associativismo proporciona uma rica troca de experiências. Ao compartilharmos nossos desafios, aprendemos com os erros e acertos de outros empreendedores. “Essa troca de vivências amplia nossas perspectivas e nos oferece soluções para problemas que, muitas vezes, parecem únicos, mas que são, na verdade, comuns no mundo dos negócios”, afirma Schultz.
Por fim, o profissional destaca que o associativismo oferece apoio coletivo, um dos pilares mais valiosos para qualquer empreendedor. “Empreender é um caminho desafiador, repleto de obstáculos e conquistas. Ter o suporte de um grupo que enfrenta realidades semelhantes faz toda a diferença. Nos momentos difíceis, encontramos conselhos e incentivo para seguir em frente; nos momentos de vitória, celebramos juntos os resultados alcançados”.
Plantar hoje para colher amanhã
Schultz destaca que, assim como no empreendedorismo, o retorno no associativismo é a longo prazo. “No início, investimos tempo, energia e ideias em algo maior, mas, com o tempo, colhemos os frutos dessa dedicação, seja por meio de parcerias, negócios conjuntos ou crescimento pessoal e profissional. O que plantamos retorna multiplicado.”
Ele também reforça que “participar de um núcleo como o Jovem Empreendedor me ensinou que, ao colaborar, fortalecemos nossos negócios e construímos uma comunidade empreendedora mais sólida e sustentável. Juntos, crescemos de forma mais rápida e consistente. Por isso, convido todos os jovens empreendedores a se envolverem em núcleos e associações empresariais. O associativismo oferece oportunidades, e o verdadeiro ganho está no fortalecimento do coletivo. Empreender não é caminhar sozinho, mas construir junto a quem compartilha sonhos e valores.”