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segunda-feira, 9 de junho de 2025

‘Não fui eu’ diz acusado pelo duplo homicídio em Rio dos Cedros

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‘Não fui eu’ diz acusado pelo duplo homicídio em Rio dos Cedros
Audiência de instrução e julgamento foi ontem. Réu negou e disse que foi seu filho, menor de ida …

Greici Siezemel / JMV

Foto: FOTO/ GREICI SIEZEMEL/JMV

TIMBÓ – Aconteceu na tarde de ontem, dia 26, no Fórum da Comarca de Timbó, a Audiência de instrução e julgamento do caso de duplo assassinato, cometido no dia 5 de fevereiro em Rio dos Cedros. De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), feita através do promotor de Justiça, Alexandre Daura Serratine, o réu V.L e seu filho, o adolescente E.R.L, combinaram e arquitetaram um esquema criminoso destinado a matar Flávio Reiner, ou qualquer pessoas da família dele, pois ansiavam por vingança, uma vez que haviam tido um desentendimento há aproximadamente dois anos. Para o M.P, o denunciado e seu filho, na posse de uma espingarda calibre 32 e um revólver calibre 32, dirigiram-se até a residência da família de Flávio, na localidade de Alto Palmeiras, e, chegando lá, encontraram a vítima Marlise Negherbon Reiner e seu filho Patrício Reiner, mãe e irmão de Flávio. Ao se aproximarem, os acusados efetuaram disparos imediatamente com as armas, que atingiram as vítimas, encontradas mortas no local. De acordo com a acusação, a motivação do crime foi torpe, pois decorreu em razão de desavenças das famílias, e o delito foi feito de forma a tornar impossível qualquer defesa por parte das vítimas. Para o MP, o réu V.L, consciente e voluntariamente, corrompeu seu filho à pratica desses crimes, conferindo, com sua presença, apoio moral e material a ele.

O acusado encontra-se preso no presídio de Blumenau. Em seu depoimento ontem, ele afirmou que não cometeu os assassinatos. Ele disse que quem disparou os tiros que vitimaram Marlise e Patrício Reiner, foi seu filho de 17 anos. “Não fui eu. Minha mulher e meus filhos sabem disso, foi meu rapaz que matou. Minha consciência está tranquila”, afirmou. Ele disse que conhecia a família e admitiu ter uma encrenca com seus vizinhos por causa de pinhão. Ele negou também que as armas usadas no crime eram dele, disse que elas eram do seu filho. O advogado de defesa, Reny Becker, adiantou que a linha central a ser defendida é a de que o filho do réu foi quem matou as vítimas, ele destacou que vai usar como prova os depoimentos prestados.

Flavio Reiner falou que a família espera por justiça. “Foi uma covardia, meu pai não está morando mais lá, ele entrou em depressão, nossa família está destruída. Já sofri ameaças de morte por parte do menor acusado depois do crime acontecer. Eu saí até do meu emprego porque estou com medo”. Ele afirmou que o relacionamento das duas famílias era normal, que eles se davam bem. “Uma semana antes de o crime acontecer minha mãe havia dado uma bacia de orelha de gato para eles comerem. Acho que tem interesses financeiros por trás disso”.

Agora, o processo está na fase de apreciação das alegações finais, tanto da defesa como da acusação. O juiz Ubaldo Ricardo da Silva Neto deve analisar as alegações e encaminhar o réu a Júri popular. Ainda não tem data para o julgamento, mas ela tende a sair ainda no primeiro semestre desse ano, pois, como o réu está preso, o processo é agilizado. O menor envolvido no crime está no Casep e o processo está na Vara da Infância e Juventude.

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