Réu é condenado a oito anos de prisão
A frase “Restaram apenas as boas lembranças de você, sempre em nossos corações” estava nas camisetas dos familiares de Amanda Grabner, vítima de um acidente. Após cinco anos de luta, a família de Amanda esteve no Fórum de Gaspar para o julgamento de Evanio Wylyan Prestini, que durou 16 horas. Prestini foi condenado a oito anos de reclusão, seis meses e 20 dias de detenção, e teve sua habilitação suspensa por dois anos e meio. Ele foi responsabilizado por dois homicídios com dolo eventual e três lesões corporais, além de embriaguez ao volante. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) considerou o resultado satisfatório, destacando o trabalho das promotorias de Justiça e da Polícia Civil desde 2019.
Durante o julgamento, foram ouvidas as sobreviventes do acidente e duas testemunhas da defesa. Thaynara Schwartz, motorista do Fiat Pálio, confirmou que não havia ingerido álcool. Tayná Carolina Círico e Maria Eduarda Kramer também prestaram depoimentos, com Maria Eduarda relatando tratamento para transtorno de ansiedade devido ao acidente. Prestini, admitindo consumo de álcool, alegou que as vítimas invadiram sua pista e pediu perdão às famílias.
O MPSC sustentou a tese de dolo, apresentando vídeos que mostravam Prestini dirigindo embriagado e de forma perigosa na BR 470. O acidente ocorreu em 23 de fevereiro de 2019, quando Prestini colidiu com o Fiat Pálio, resultando nas mortes de Suelen Hedler da Silveira e Amanda Grabner Zimmermann e ferindo outras três passageiras. A prisão preventiva de Prestini foi mantida, e a Justiça recusou pedidos de liberdade provisória. O caso foi julgado pelo Tribunal do Júri, e o réu poderá recorrer em liberdade.