Em um primeiro momento, a polícia trabalhava como um sequestro de uma criança de três anos, mas com o passar das horas e um trabalho minucioso, o caso foi desvendado pelas autoridades.
Isabelle de Freitas teria “sumido” de dentro de casa na segunda-feira, 4 de março, na cidade de Indaial esse foi o relato inicial da mãe da menina. Então a Polícia Militar, o primeiro órgão a ser acionado, iniciou as primeiras buscas nas proximidades da casa, mas não lograram êxito na localização da menina “desaparecida”. Além das buscas no entorno da casa, foi solicitado o apoio do cão de faro do Corpo de Bombeiros de Blumenau.
A Polícia Civil foi acionada e com isso as investigações iniciaram, ouvindo os pais, vizinhos e pessoas próximas da menina até então desaparecida.
INVESTIGAÇÃO
Inicialmente, os pais da criança criaram uma narrativa de que a menina teria sido sequestrada, porém, com o avançar das investigações, ficou comprovado que as alegações do casal foram combinadas entre eles e não se sustentavam.
No primeiro depoimento, os pais disseram que um veículo tinha ficado parado no início da tarde de segunda-feira, 4 de março, dando a entender que o motorista poderia estar envolvido no desaparecimento. O carro citado como suspeito foi identificado pela equipe de investigação e ficou comprovado que se tratava apenas de mais um artifício criado pelo casal para tentar despistar a polícia e criar um cenário de possível sequestro da infante.
Ao longo do dia, cerca de 12 pessoas foram ouvidas e, com o avançar das investigações, foi possível desconstruir a narrativa combinada da mãe e do padrasto que, por fim, acabaram por confessar o crime.
O CRIME
O delegado responsável pelo caso Filipe Martins confirmou em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira 7 de março que Isabelle Freitas de três anos foi brutalmente agredida, marcas de sangue foram encontradas em vários cômodos da casa. No intuito de ludibriar os policias, os criminosos limparam a cena do crime, mas com o uso de um reagente químico, foi possível encontrar os sinais de que o crime aconteceu dentro de casa.
Após matar a menina, eles colocaram o corpo da criança em uma mala e enterraram o corpo em uma área de mata na BR 470. Consta nos depoimentos que o homem cavou com as mãos uma cova rasa e colocou o corpo da menina coberto por um cobertor azul.
O padrasto da menina indicou o local onde estava o corpo, encontrado pela Polícia Civil, tendo sido acionada imediatamente a Polícia Científica para os exames periciais de praxe.
A Polícia Civil também conseguiu coletar imagens de câmeras de monitoramento do momento exato em que o casal se livra da mala utilizada para transportar o corpo da criança. O delegado aguarda laudos periciais da Polícia Científica para determinar como a criança foi morta.
OS AUTORES
Os autores confessos do crime moravam em Indaial há aproximadamente 15 dias. Conforme informações da Polícia Civil, eles residiam em Ibirama. A mãe está desempregada, o homem era vendedor de bala ambulante em Indaial. Eles moravam de aluguel na Rua Camboriú, no bairro Rio Morto.
Após a confissão foi decretada a prisão temporária pelo Poder Judiciário da Comarca de Indaial, e eles foram encaminhados ao Presídio.