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terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Polícia Federal prende suspeito de homicídio de indígena em Santa Catarina

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Prisão ocorreu na cidade de Xanxerê

A Polícia Federal prendeu o principal suspeito do homicídio do indígena Hariel Paliano, de 26 anos, em Santa Catarina. Ele foi encontrado morto, com sinais de espancamento e queimaduras, às margens da rodovia que liga os municípios de Doutor Pedrinho e Itaiópolis, no dia 27 de abril.

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A prisão do suspeito ocorreu na manhã de sexta-feira, dia 24, na cidade de Xanxerê (SC). Em nota, a PF informou que instaurou inquérito e, após buscas realizadas no último dia 10, foram colhidos outros indícios que indicam a autoria do crime.

A Justiça, então, decretou a prisão temporária do investigado, com validade de 30 dias, período em que a polícia deve prosseguir com as investigações sobre as circunstâncias da morte.

Tiros
De acordo como o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o crime ocorreu a 300 metros da casa de Hariel, na aldeia Kakupli. Ele morava com a mãe e o padrasto, líder do povo Xokleng. No dia 4 de abril, a casa também havia sido alvo de tiros e a PF investiga o caso.

A aldeia está localizada na Terra Indígena Ibirama La Klaño, onde vivem indígenas das etnias Xokleng, Guarani e Kaingang, ao qual pertencia Hariel. A disputa de terras no local foi analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao considerar inconstitucional a tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas.

Após a análise da Corte, o Congresso Nacional aprovou projeto de lei validando o marco. Segundo o Cimi, os episódios de violência na região foram intensificados após a decisão dos parlamentares.

Ainda há ações no STF sobre o tema. Em decisão, o ministro Gilmar Mendes determinou a realização de conciliação nas ações que tratam da validade do marco temporal.

Fonte: Agência Brasil

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