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sábado, 7 de setembro de 2024

Aventura e conhecimento

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Aventura e conhecimento

Clarice Daronco

Foto: Bruno Bottaro

pouco mais sobre a cultura indígena que abarca a produção material e imaterial de inúmeros e distintos povos em todo o mundo. Ao buscar saber mais sobre essa cultura é importante destacar que não há uma cultura indígena, mas várias, e cada povo desenvolveu suas próprias tradições religiosas, musicais, de festas, artesanatos, dentre outras. Com este objetivo o fotógrafo de Doutor Pedrinho, Bruno Bottaro, participou de uma experiência, a convite dos integrantes da empresa de Turismo Ativa Aventuras, na terra indígena Laklãno/Xokleng e Guarani.

De acordo com Bottaro a aventura aconteceu na primeira semana de maio, oportunidade em que ele pôde conhecer e fotografar duas das várias aldeias indígenas da região.”Estivemos primeiro na Aldeia Bugio, localizada nos limites de Doutor Pedrinho e depois na Aldeia Palmeira, em José Boiteux”.

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O fotógrafo que registrou muitos lugares, situações e momentos, conta que ao chegarem na Aldeia Bugio, foram super bem recebidos no Centro Cultural, que funciona como um local de encontro dos índios na aldeia. “Ao lado do Centro Cultural, há um pequeno Museu onde tivemos explicações sobre a história das famílias da Aldeia Bugio. Também conhecemos um pouco da cultura dos locais; como algumas ferramentas para caça e pesca, junto com outros acessórios cerimoniais”.

Bottaro relata que a Escola da Aldeia Bugio funciona da seguinte forma: “as aulas na Escola são as mesmas lecionadas fora, com duas línguas que fazem parte da cultura; a língua Laklãnõ xokleng e arte indígena. As aulas ocorrem dentro e fora da sala de aula. A maioria dos professores são indígenas, e passam a cultura local de pai para filho”.

le destaca ainda que o grupo participante da aventura também fez a trilha da Sapopema. “Uma trilha de 1.800 metros no meio da Mata Atlântica nas nascentes do rio Benedito, que apresenta a enorme biodiversidade e uma das últimas reservas do Xaxim Bugio. No local aprendemos como é feito o Chá de Sassafras e provamos do ‘pão indígena’, também escutamos histórias no idioma tradicional”, conta Bottaro ao explicar que após uma hora de trilha, o grupo voltou para a van e seguiu rumo à Aldeia Palmeira, que está localizada aproximadamente 40 quilômetros da Aldeia Bugio. 

Aldeia Palmeira

Chegando na Aldeia Palmeira, o grupo foi recebido pelo cacique e seus dois filhos, que guiaram os mesmos para um passeio onde contaram sobre os desafios enfrentados pelos indígenas desde a chegada do ‘não índio’. “Eles também nos levaram até as ruínas da antiga residência de Eduardo ‘o pacificador’, bisneto de Duque de Caxias”.

Bottaro afirma que os integrantes da aventura retornaram para suas casas com uma experiência fascinante, principalmente na questão de desmistificar o índio atual, já que muitas pessoas ainda acreditam que eles vivem em oca igual há alguns séculos. 

Sobre as casas

Bottaro comenta que uma das dúvidas da maioria, refere-se a moradia dos índios. “Ao conhecer as duas aldeias posso afirmar que os índios atuais residem em casas de alvenaria, com luz, saneamento básico, embora sejam bem simples e quase todas estejam só com reboco. Há várias pequenas igrejas também, todas igualmente simples”.

O fotógrafo observa que as casas costumam ficar bem distantes umas das outras, comparado o tamanho da área da reserva indígena pelo número de habitantes.

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