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segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Casos de meningite meningocócica aumentam e reforçam a importância da vacinação

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A meningite meningocócica voltou a preocupar autoridades de saúde em 2025. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registrou 721 casos e 140 óbitos até 14 de setembro deste ano. A doença, causada pela bactéria Neisseria meningitidis, pode evoluir rapidamente e causar sequelas graves ou levar à morte se o tratamento não for imediato.

Nos últimos dois anos, o país contabilizou 1.549 casos e 332 mortes, com aumento de 12% nos registros e 8% nas mortes entre 2023 e 2024. O sorogrupo B foi o mais frequente, representando mais da metade dos casos. Estados como Alagoas, Pará, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul registram alta desde 2021. Cidades como Maceió (AL) e Bento Gonçalves (RS) chegaram a decretar surto.

Em agosto de 2025, o governo realizou uma Consulta Pública para avaliar a inclusão da vacina meningocócica do tipo B no Sistema Único de Saúde (SUS). Caso seja aprovada, a medida ampliará a proteção da população contra a doença.

Sintomas exigem atenção imediata

A meningite meningocócica costuma se manifestar com febre alta, dor de cabeça, náusea, vômitos e rigidez na nuca. Em bebês, pode causar irritabilidade e moleira abaulada. Pequenas manchas arroxeadas na pele indicam possível infecção grave. Em qualquer suspeita, é essencial procurar atendimento médico urgente.

Transmissão e grupos de risco

A doença é transmitida por gotículas respiratórias, por meio de tosse, espirros, beijos ou compartilhamento de objetos pessoais. Bebês e crianças menores de cinco anos estão entre os mais vulneráveis, mas adolescentes e jovens adultos também podem adoecer. Até 23% dos jovens podem carregar a bactéria sem apresentar sintomas, tornando-se transmissores silenciosos.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito por meio da punção lombar para análise do líquido cefalorraquidiano, além de exames de sangue e imagem. O tratamento deve começar imediatamente com antibióticos, pois a infecção pode causar choque, convulsões, falência de órgãos e morte em poucas horas.

Prevenção e vacinação

A vacinação é a principal forma de prevenção contra a meningite meningocócica. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece gratuitamente a vacina meningocócica C para bebês e a meningocócica ACWY para adolescentes. Na rede particular, também estão disponíveis vacinas contra os tipos A, B, C, W e Y, recomendadas por sociedades médicas para crianças e adolescentes.

Além da vacinação, recomenda-se evitar aglomerações, manter os ambientes ventilados e reforçar hábitos de higiene.

A meningite meningocócica é grave, mas pode ser prevenida. Informar-se sobre o calendário vacinal e buscar atendimento rápido diante de sintomas suspeitos salva vidas.

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