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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Outubro Rosa: Conscientização sobre câncer de mama hereditário e testes genéticos

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O Outubro Rosa é um movimento mundialmente conhecido que visa conscientizar e alertar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. No entanto, essa campanha também abrange a discussão de outros tipos de câncer, especialmente aqueles com componentes hereditários, que merecem igual atenção.

Em entrevista ao Jornal do Médio Vale (JMV), as médicas oncologistas Taymara Raizer (CRM 23726) e Paula Caleffi Bagattini (CRM 16881 / RQE 16212), especialista em oncogenética, explicaram sobre o câncer de mama hereditário.

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Médicas oncologistas Taymara Raizer (CRM 23726) e Paula Caleffi Bagattini (CRM 16881 / RQE 16212)

De acordo com as profissionais, o câncer de mama é um dos tipos de tumor mais comuns entre as mulheres. Quando se trata de câncer hereditário, a compreensão de seu impacto torna-se ainda mais crucial. Estima-se que cerca de 5% a 10% dos casos de câncer de mama sejam atribuídos a fatores genéticos, sendo as mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 as mais conhecidas. Essas mutações aumentam significativamente o risco de desenvolvimento da doença, tanto em mulheres quanto em homens, embora em menor proporção.

As médicas também destacam o papel das mutações genéticas e seus efeitos. “As mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 estão associadas a um risco de até 80% de desenvolver câncer de mama ao longo da vida. Além dessas, há outros genes implicados, como o TP53, relacionado à síndrome de Li-Fraumeni, e o PALB2, que também eleva o risco. A identificação de mutações hereditárias é fundamental para o diagnóstico precoce e a implementação de estratégias preventivas. Mulheres que testam positivo para essas mutações podem optar por monitoramento intensificado, quimioprevenção ou até cirurgias profiláticas”, explicam.

Ao serem questionadas sobre quem deve realizar exames genéticos, as profissionais ressaltam que determinadas populações têm maior necessidade de se submeter a essa triagem. Entre elas, destacam-se:

  • Histórico familiar de câncer: Mulheres com parentes de primeiro grau (mãe, irmã) que tiveram câncer de mama ou câncer de ovário devem considerar a triagem genética.
  • Câncer em idade precoce: Casos de câncer de mama diagnosticados antes dos 50 anos, especialmente em homens, podem indicar um fator genético.
  • Câncer bilateral: Mulheres que desenvolveram câncer em ambas as mamas têm uma chance aumentada de apresentar mutações hereditárias.
  • Populações de maior risco: Certas etnias, como a de ascendência judaica Ashkenazi, apresentam taxas mais elevadas de mutações BRCA. Nesses grupos, uma abordagem proativa quanto aos testes é recomendada.

Para concluir, Taymara e Paula afirmam: “A conscientização sobre o câncer de mama hereditário é vital para a detecção precoce e o tratamento eficaz. Se você ou alguém da sua família tem um histórico de câncer de mama, converse com seu médico sobre a possibilidade de realizar testes genéticos. A informação é uma ferramenta poderosa na luta contra essa doença, permitindo decisões informadas sobre a saúde e o bem-estar.”

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