O Pronto Atendimento 24 horas da Policlínica de Timbó completou a primeira semana de funcionamento com mais de mil atendimentos. Desde o início das atividades, em 1º de maio, a média tem sido de 130 a 150 pacientes por dia, incluindo casos de diferentes níveis de complexidade, entre adultos e crianças.
Em entrevista, a Secretária de Saúde, Joice Stollmeier Kroenke, e o diretor interino do Pronto Atendimento e assessor da direção executiva do Instituto Ideas, Ruan William de Souza Bueno, falaram sobre os primeiros dias de operação, os atendimentos realizados e a estrutura disponível para atendimento da população.
Atendimentos
Segundo o diretor interino, entre os dias 1º e 7 de maio, foram realizados aproximadamente 1.050 atendimentos, divididos entre o público adulto e pediátrico. Cerca de 20 casos de urgência exigiram o uso da sala de estabilização para posterior transferência do paciente para hospitais de referência, seguindo o fluxo de regulação.
A secretária de Saúde explicou que o serviço é destinado a moradores de Timbó que necessitem de atendimento imediato, como em casos de febre, vômito, diarreia, hemorragias, dificuldades respiratórias e outros quadros de baixa e média complexidade. No entanto, mesmo em casos que exijam atenção hospitalar, os pacientes serão atendidos e os devidos encaminhamentos ao hospital de referência serão efetuados.
Fluxo de atendimento e classificação de risco
Os entrevistados também destacaram o funcionamento do fluxo do Pronto Atendimento, que se inicia na recepção e cadastro do paciente, seguindo para a classificação de risco, a qual atende aos requisitos do Protocolo Catarinense de Acolhimento com Classificação de Risco (PCACR).
O atendimento é realizado de acordo com a gravidade do caso:
- Vermelho: Atendimento imediato (casos graves, como desmaios e insuficiência respiratória);
- Laranja: Até 30 minutos;
- Amarelo: Até 1 hora;
- Verde: Até 2 horas;
- Azul: Até 4 horas (casos menos urgentes, passíveis de serem tratados em Unidade Básica de Saúde).
Bueno afirma que idosos, gestantes, pessoas com deficiência e com transtorno do espectro autista têm prioridade no atendimento, conforme os protocolos estaduais. Casos específicos, como hemorragias e dificuldades respiratórias, entre outros, também são tratados como prioritários.
Quanto ao atendimento específico às gestantes, Joice menciona que as pacientes com baixo risco são acompanhadas nas Unidades Básicas de Saúde, onde realizam o pré-natal. Em caso de intercorrências, elas podem se dirigir ao pronto atendimento ou ao Hospital Oase.
Estrutura física e profissionais
A estrutura física da Policlínica passou por reformas e adaptações para funcionar no modelo de Pronto Atendimento 24 horas. Todos os serviços foram organizados no térreo, com porta de acesso exclusiva e entrada direta na recepção, facilitando o fluxo de pacientes.
Bueno detalhou toda a estrutura disponível, que inclui recepção com capacidade para 50 pessoas; salas de classificação de risco, curativos, esterilização e administrativa; farmácia; três consultórios médicos (sendo um pediátrico); leitos de observação (dois femininos, dois masculinos e um pediátrico); sala de medicação com nove poltronas; laboratório com exames rápidos; sala de raio-x 24h e sala de estabilização (com dois leitos com respirador, monitoramento, cardioversor e outros equipamentos).
Ainda, conta com um posto de enfermagem composto por dois enfermeiros, sendo um responsável pela classificação de risco e o outro pela observação, além de técnicos de enfermagem. Os três consultórios estão disponíveis 24 horas, com dois médicos para adultos e um pediatra, todos preparados para atender também à demanda pediátrica, caso necessário.
Joice ainda lembra que os serviços como a farmácia central, especialidades médicas e exames agendados foram transferidos para o segundo piso da Policlínica e continuam a ocorrer normalmente, com horário de funcionamento até as 19h, uma vez que as filas ainda são grandes e a Secretaria trabalha para reduzir o tempo de espera. “A demanda existe. O desafio é garantir que os prestadores tenham capacidade técnica para atender a população. Estamos avançando para melhorar o acesso a exames e agendamentos”, completa.
Os munícipes que tiverem dúvidas sobre os serviços do Pronto Atendimento podem entrar em contato pelo telefone (47) 3380-7485. Além disso, sugestões, elogios ou reclamações podem ser encaminhados por meio da ouvidoria, ferramenta que, segundo a secretária Joice, é tratada como instrumento de melhoria contínua.
“A ouvidoria é uma ferramenta importante para o cidadão e para nós. Tudo fica documentado e nos ajuda a revisar e aperfeiçoar os serviços prestados”, destacou.
Joice também lembrou que a área da saúde é dinâmica e exige constantes ajustes. “A população tem nos dado um retorno positivo, o que é importante, porque é ela quem nos orienta sobre o que precisa ser melhorado. Agradecemos também a todos os profissionais e parceiros envolvidos nesse processo”, finaliza.