Tanques para a ETE são instalados no Hospital Oase

Clarice Graupe Daronco [email protected]

Transporte e instalação dos tanques para a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) no Hospital e Maternidade Oase. Este foi o trabalho desafiador realizado na manhã do dia 30 de julho. Segundo informações dos envolvidos: os rotarianos, Ralph Felsmann e Jaime Bittencourt; o administrador do Hospital e Maternidade Oase, Robson Almeida juntamente com o diretor Técnico do Hospital, doutor Paolo Piermarini e os engenheiros Ambientais da Alpha Ambiental, Thales Morez dos Santos e Philippe André Tiegs Dürcksen, para a realização do transporte dos tanques foi feita uma grande mobilização, onde a ponte próxima ao Hospital teve que ser interditada para que o guindaste enorme conseguisse realizar a colocação dos tanques no espaço destinado a eles junto à estrutura do Hospital Oase. Inclusive as casas próximas ao local, onde carga foi movimentada, também foram interditadas.

Em entrevista à redação do JMV, os envolvidos destacam que o projeto de implantação da ETE é uma demanda antiga do Hospital, e com o apoio do Rotary, foi possível arrecadar fundos para sua execução.

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Os rotarianos, Ralph Felsmann e Jaime Bittencourt destacam que as definições técnicas, projeto e financiamento da respectiva obra civil para instalação dos equipamentos, a escolha do fornecedor e por fim a operação da ETE ficaram e ficarão sob a responsabilidade do Hospital e Maternidade Oase que conta com a consultoria da Alpha Ambiental.
De acordo com Ralph Felsmann o fornecedor escolhido do equipamento foi a Lindner. O preço dos equipamentos é de R$ 400.000. “O projeto de subsídio global arcou com R$ 382.577,000. A diferença entre o valor final e o subsídio doado pelo Rotary de R$ 17.423,00 foi arcado pelo Hospital e ocorreu devido à correção da inflação entre o momento da solicitação e o da finalização do levantamento dos recursos”.
Os rotarianos observam que “para alcançar essa expressiva soma precisaríamos de um aporte internacional, um subsídio global, da Fundação Rotaria. Assim, o projeto foi desenvolvido como um Projeto de Subsídio Global (Global Grant Project). A condição para receber esse subsídio passa pela extrema e rigorosa análise do projeto, considerando a aderência às áreas enfoque do Rotary, os benefícios concretos para a comunidade e a participação de clubes e distritos no Brasil e no exterior”.

Importância do projeto
para a comunidade

Felsmann explica que “o projeto foi submetido à Fundação Rotária argumentando a aderência de dois entre as sete áreas de enfoque. As áreas em questão foram: Meio Ambiente e Prevenção e Tratamento de Doenças. Utilizando-se de dados da Agência Nacional de Saúde, foi apresentado que uma população de aproximadamente 12.000 num universo de 200.000 habitantes que moram ao longo do rio e estatisticamente poderiam adoecer por não haver um saneamento adequado. A população da região de origem ultrapassa os 200.000 habitantes (por onde corre o leito primário do rio, que é protegido pela estação de tratamento de esgoto). A Agência Nacional de Saúde (ANS) estima que a falta de tratamento de efluentes contamina cerca de 1 a 3% da população. Os efluentes hospitalares possuem uma taxa que é amplificada pelos poluentes mais agressivos, de modo que podem atingir mais de 6% da população da área de origem. Desta forma, com este projeto, vamos prevenir doenças em mais de 12.000 habitantes por ano”.

Os engenheiros Ambientais da Alpha Ambiental, da Thales Morez dos Santos e Philippe André Tiegs Dürcksen, observam que “a ETE viabiliza o funcionamento do Hospital dentro das exigências ambientais e com isso a manutenção da prestação de serviços à população de Timbó e região”.

Segundo Felsmann entre 2021 e o final de 2022 foram superadas as argumentações e processos burocráticos para aprovação do projeto na Fundação Rotária e a atração das parcerias de clubes e distritos que ficou como segue: Brasil (Distrito 4552); Rotary Club de Timbó; Rotary Club de Timbó Pérola do Vale; Rotary Club de Rio dos Cedros; Rotary Club Hermann Blumenau e Distrito 4652. Já da Alemanha: Rotary Berlin Internacional (Distrito 1940); Rotary Club Telgte (Distrito 1870); Rotary Hamburg-Altstadt (Distrito 1890) e Distrito 1940. “Queremos agradecer a todos esses parceiros e seus representantes supracitados. Cabe destacar o apoio de Tim Besser, do Comite Internacional Brasil e Alemanha do Rotary, do ex-governador Erlon Cimardi, ao ex-governador Adalberto Roeder e membro do Rotary Club de Timbó, dos presidentes Elenio Mannes (Rotary Club de Timbó) e Fernando Dalmônico (Rotary Club Pérola do Vale) que apoiaram com o levantamento de dados para submissão para os trâmites burocráticos a atração de clubes locais entre outras contribuições”.

Bittencourt explica que a divisão dos recursos pode-se resumir da seguinte forma: 55% aporte – Brasil (clubes e distritos); 20% aporte – Internacional – Alemanha (clubes e distritos) e 25% aporte – Internacional – (Fundação Rotária).

Os representantes do Hospital e Maternidade Oase, o administrador Robson Almeida e o diretor Técnico, doutor Paolo Piermarini observam que “a implantação da ETE tem como principal objetivo a proteção dos rios de nossa região e atender exigências dos órgãos ambientais, assegurando a continuidade da operação do Hospital”.

Os representantes do Hospital destacam ainda que atualmente o Hospital conta com 140 leitos ativos, e a implantação da ETE tem por meta tratar uma média/dia de até 80 metros cúbicos de efluentes, e comportará a ampliação deste nosocômio em até 100% do número de leitos atuais, ofertando ainda mais serviços à população sem deixar de cuidar e proteger o meio ambiente.

Para finalizar o administrador e o diretor Técnico ressaltam que: “em nome do Conselho Diretor, Oaset, direção, corpo clínico e colaboradores temos que parabenizar os rotarianos por sempre estarem envolvidos com projetos que visam o bem da comunidade cumprindo com a sua missão: que é de estar presente em várias ações que possam transformar o mundo e ajudando o Hospital Oase a cumprir com a sua missão que é de proporcionar atendimento de saúde humanizada, promovendo a qualidade de vida, tendo como foco o ser humano”.