No Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro, a Epagri destaca algumas ações para promover hábitos alimentares saudáveis em Santa Catarina. A empresa atua em várias frentes para garantir que os catarinenses tenham acesso a refeições nutritivas, preparadas com alimentos frescos e naturais, em conformidade com o Guia Alimentar para a População Brasileira.
Entre as principais iniciativas está o apoio ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que garante o fornecimento de alimentos da agricultura familiar para as escolas públicas. Em Santa Catarina, a Epagri presta assistência técnica e capacita agricultores, gestores e nutricionistas para que o programa funcione de forma eficiente.
A Lei nº 11.947/2009 determinou que 30% dos recursos repassados para a alimentação escolar fossem investidos na compra direta de produtos da agricultura familiar. Em 2025, a Lei nº 15.226/2025 ampliou esse percentual para 45%, reforçando a importância do agricultor familiar na alimentação escolar e fortalecendo as economias locais. “Assim, o Pnae se consolida como um dos principais mercados para a agricultura familiar, estimulando o desenvolvimento econômico sustentável das comunidades rurais”, salienta a coordenadora do programa Gestão de Negócios e Mercados da Epagri, Telma Köene.
Resultados da articulação entre campo e escola em SC
Telma explica que a Epagri atua em todas as etapas do processo para a execução do Pnae em Santa Catarina, em parceria com prefeituras, nutricionistas e agricultores. Os técnicos da empresa fazem a ponte entre os produtores e as Entidades Executoras (EEx), orientando sobre a participação nas chamadas públicas, auxiliando na elaboração de projetos de venda e oferecendo apoio técnico para a adequação da produção — desde o cultivo até a embalagem e a rotulagem.
A equipe da Epagri também colabora com as EEx e nutricionistas na elaboração dos cardápios escolares, apresentando novos produtos regionais e incentivando o uso de alimentos locais, frescos e nutritivos. “Essa atuação apoia as escolas para que ofereçam refeições de qualidade, ao mesmo tempo em que gera renda e fortalece a agricultura familiar”, ressalta a coordenadora.
O casal de pescadores Tulio Lopes Gonçalves e Anna Gabriela Ferreira Pego, de Florianópolis, participam do Pnae desde 2021 com fornecimento de peixes para as escolas do município. Para que isso fosse possível, eles receberam auxílio da Epagri para atender todos os critérios exigidos pelo programa e hoje já ampliaram a venda para outros mercados. “A parceria com a Epagri mudou a minha trajetória como pescador. Com a atividade regularizada, meu peixe agora tem valor”, relata Tulio.
Segundo o Relatório de Impacto do Apoio da Epagri ao Pnae 2024, a atuação da empresa foi em 91 municípios catarinenses, beneficiando 402.416 alunos e envolvendo 5.644 agricultores familiares. O volume comercializado via Pnae chegou a 1.269 toneladas de alimentos, somando R$53,66 milhões em produtos entregues. A participação da agricultura familiar nos recursos do programa atingiu 56%, com aumento estimado de 50% nas vendas e nos preços obtidos pela venda direta.
“Esses números reforçam que o apoio técnico e institucional da Epagri é essencial para conectar o agricultor familiar às escolas e garantir o abastecimento com qualidade e regularidade, diz Telma.
Capacitação de quem prepara a alimentação escolar
Outro foco da atuação da Epagri é a capacitação dos manipuladores de alimentos escolares. A Empresa promove cursos sobre boas práticas de fabricação, higiene e segurança alimentar, aproveitamento integral dos alimentos e receitas inovadoras, adaptadas à realidade de cada região.
As merendeiras recebem orientação sobre o preparo de alimentos nutritivos. As oficinas incentivam o uso de ingredientes locais — frutas, verduras, legumes e até Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) —, valorizando o sabor, a saúde e a cultura alimentar das regiões, atendendo às regras nacionais que restringem o uso de ingredientes processados, ultraprocessados e com açúcar.

Além das oficinas, a Epagri promove o resgate de receitas tradicionais, incentivando as merendeiras a criar cardápios que preservam a identidade cultural e fortalecem a alimentação saudável desde a infância. Parte desses trabalhos resultou em livros de receitas, que se tornaram referência para escolas e famílias.
“Essas iniciativas se conectam com programas de compra de alimentos da agricultura familiar, fortalecendo a economia local e garantindo alimentos frescos e de qualidade para os estudantes. Investir na formação de merendeiras é também investir no paladar e na saúde das crianças, formando gerações que aprendem a valorizar alimentos naturais desde cedo”, diz Telma.
Ela explica que além de gerar renda e estimular o desenvolvimento rural, o Pnae tem efeito multiplicador. “Quando um alimento atinge o padrão exigido para o programa, ele se torna apto a acessar outros mercados, como feiras locais, cooperativas e programas de compras públicas, consolidando o agricultor familiar como fornecedor regular. Isso amplia a construção de sistemas alimentares mais justos e sustentáveis, com valorização do agricultor familiar e a oferta de alimentação de qualidade — saborosa, nutritiva e com o gosto da terra catarinense”.
Mais informações e entrevistas: Telma Köene, coordenadora do programa Gestão de Negócios e Mercados da Epagri, fone: (47) 99955-2740
Informações para a imprensa: Isabela Schwengber, assessora de Comunicação da Epagri, fones (48) 3665-5407/99161-6596
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