Novo Pacto Federativo urgente
“A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), lançou e vem atualizando o que convencionou chamar de “Voz Única”; manifesto que compila em um documento as principais reivindicações e prioridades regionais e estaduais, que foi e será entregue às autoridades e políticos que assumiram ou venham a assumir funções de comando e influência em todas as esferas de Governo”. As informações são do empresário e diretor da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Jeter Reinert Sobrinho.
Em entrevista o diretor da Facisc destaca que “dentre essas propostas, encontra-se o pedido por um novo “Pacto Federativo”, ou seja, uma nova visão do Governo Federal em relação à distribuição dos recursos federais arrecadados pelos estados e enviados à Brasília”.
De acordo com Jeter “historicamente Santa Catarina tem se constituído em um grande arrecadador de impostos, recebendo uma contrapartida incompatível com suas necessidades, principalmente no quesito infraestrutura rodoviária”.
O diretor observa que “para se ter uma ideia desta distorção, verifiquemos o ocorrido em 2021 quando o estado arrecadou 71,6 bilhões de reais em impostos federais e recebeu em contrapartida cerca de 16% deste valor, se constituindo no quatro pior retorno em termos percentuais do país”.
Jeter explica que “dados da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), apontam que o Estado necessita de 18,4 bilhões de investimentos em sua infraestrutura de transporte entre 2023 e 2026 para alcançar um padrão considerado adequado para a segurança e eficiência do sistema. Deste valor, 5,43 bilhões deveriam vir do Governo Federal, ou seja, cerca de 1,5 bilhão por ano. Não é nada se compararmos esse valor aos mais de 72 bilhões que enviamos à Brasília todos os anos”.
O diretor ressalta que “estaremos inaugurando em 1º de fevereiro novas e renovadas bancadas catarinenses na Câmara e Senado e deverão ser eles os porta-vozes das necessidades de Santa Catarina, principalmente no que diz respeito à infraestrutura. Temos a pior malha rodoviária do país, incompatível com nossas necessidades e até merecimento por tudo aquilo que produzimos com a consequente arrecadação de impostos”.
Para finalizar Jeter afirma que “precisamos todos: políticos, entidades representativas, clubes de serviço, lideranças e o povo em geral exigir de Brasília, primeiro uma nova visão para com o Estado e depois, de forma estrutural, um novo pacto federativo, com uma distribuição mais justa do bolo tributário nacional”.