A Noite dos Candelabros no Museu da Música reuniu um público expressivo, mesmo diante das previsões de fortes chuvas e ventos intensos. A 17ª edição do evento comprovou sua força cultural ao lotar o espaço de amantes da música clássica, que enfrentaram o clima instável para vivenciar uma noite de tradição, emoção e história.
Criada em 2009, durante o 5º aniversário do Museu da Música, a Noite dos Candelabros cresceu e se tornou um dos eventos mais aguardados do calendário cultural da cidade. O conceito de unir apresentações de música clássica à iluminação suave dos candelabros cria uma atmosfera única, marcada pelo romantismo e pela nostalgia que envolvem cada acorde.
O grande destaque da edição de 2025 foi a apresentação da Orquestra de Câmara do Museu da Música (OCMT). O grupo emocionou o público ao interpretar obras do barroco italiano em homenagem aos 150 anos da imigração italiana no Brasil. A plateia, imersa na harmonia das cordas e sopros, deixou de lado as tempestades externas e entregou-se ao poder transformador da música.
A abertura da programação contou com a Camerata Estudantil da OCMT, formada por alunos da Academia da Orquestra e regida pelo professor Luiz Silva. A execução dos jovens talentos conquistou aplausos calorosos e reforçou a importância da formação de novas gerações na música erudita.
A direção artística do evento esteve sob a curadoria do maestro Paulo Lira, que trouxe delicadeza e intensidade às escolhas do repertório. Já a presidência da OCMT, exercida por Sido Gessner Junior, reafirmou o compromisso da instituição em valorizar a cultura local e manter viva a tradição da Noite dos Candelabros no Museu da Música.
Para Cleonice Rodrigues Godois Lacerda, responsável pela Gestão Documental do Museu, a Noite dos Candelabros é muito mais do que um concerto. “Trata-se de uma experiência única, que aproxima a comunidade da beleza da música e mantém viva a tradição de celebrar nossas raízes por meio da arte”, afirmou.
Mesmo sob a ameaça da chuva, a chama simbólica dos candelabros brilhou intensamente, iluminando a noite e reafirmando que nenhuma tempestade é capaz de apagar a força da cultura quando vivida com paixão.





