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sexta-feira, 19 de setembro de 2025

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Tragédia é um recado a todos

Nível do Rio Guaíba segue em baixa, mas continua 1,63 metros acima da cota de cheias. A tragédia no Rio Grande do Sul é muito mais grave do que se imaginava no início. Muitos pensavam que bastava a água baixar e as pessoas poderiam voltar às suas casas. Mas o cenário é devastador. Cidades e bairros inteiros foram destruídos pela correnteza das águas. As perdas humanas pode ser muito maior do que os números anunciados. Além dos desaparecidos, tem muitas pessoas que podem não estar na estatística.

Muitos não acreditaram que os níveis dos rios chegariam ao ponto que chegou e ficaram nas casas. Algumas famílias, com casas de dois pavimentos, pensaram que não chegaria no segundo piso, mas os níveis superaram muito mais e há casos em que o socorro não pode ser feito.

Esse evento catastrófico precisa ser analisado com muita seriedade e profundidade por todos os prefeitos, vereadores, líderes comunitários e comunidade em geral, principalmente em municípios e regiões que são periodicamente inundadas. A maior de todas as cheias no Rio Grande do Sul não tem endereço fixo. Vimos isso no município de Tubarão, no Sul de Santa Catarina, em 1974, quando a cidade foi devastada, com centenas de mortes, em uma tromba d´água repentina.

O que podemos fazer para evitar uma catástrofe destas? Em termos de retenção de chuvas, praticamente nada. Mas organizar a comunidade para se proteger, abandonar suas casas e salvar alguns pertences, quando ocorrer um alerta, é uma iniciativa básica que precisa ser feita, evitando a perda de vidas. Alojamentos e depósitos em áreas totalmente fora das áreas já inundadas e níveis bem mais altos, é uma iniciativa necessária.

Um fato que chama atenção, também, são as edificações públicas, que estão muito vulneráveis às cheias, tornando o Poder Público alvo de inundações e limitações no atendimento à comunidade. Uma cheia, em Timbó, com 1 metro acima dos níveis das maiores já registradas, inundaria várias edificações públicas, incluindo a sede da prefeitura.

A natureza deu recados importantes, nos últimos anos. Tivemos a maior enchente da história nas cidades de Taió, Pouso Redondo e Presidente Getúlio, aqui no Vale do Itajaí, poucos meses atrás. A discussão do tema é urgente.

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