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domingo, 13 de outubro de 2024

Analistas de mercado reduzem para 9,15% projeção da Selic em 2010

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Analistas de mercado reduzem para 9,15% projeção da Selic em 2010
Analistas de mercado consultados pelo Banco Central (BC) esperam que taxa básica de juros, Selic, c …

Cleiton Baumann

BRASÍLIA (Agência Brasil) – Analistas de mercado consultados pelo Banco Central (BC) esperam que taxa básica de juros, Selic, chegue a 9,15% ao ano ao final de 2010 e não mais a 9,25% ao ano, como previsto anteriormente. A informação é do boletim Focus, divulgado semanalmente pelo BC. Os analistas não mudaram, no entanto, as projeções para a Selic ao final deste ano e neste mês, quando ocorre reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para hoje (9) e amanhã.
As estimativas são de 9% ao ano e 9,5% ao ano, respectivamente. Atualmente, a taxa básica está em 10,25% ao ano. A Selic é usada pelo Banco Central como instrumento para controlar a inflação. Quando a inflação está em alta, o BC sobe a taxa e faz o inverso quando os preços estão em baixa. A previsão dos analistas de mercado para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano também não foi alterada e permanece em 4,33%, há três semanas.
Para 2010, os analistas mantêm a estimativa de 4,30%, há duas semanas. As expectativas para os dois anos estão abaixo do centro da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) de 4,5%. A meta tem margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite inferior é de 2,5% e o superior de 6,5%.
Quanto aos demais índices, as projeções para este ano estão em queda. Para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), os analistas alteraram a estimativa de 1,82% para 1,80%. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a expectativa caiu de 1,47% para 1,46%. No mercado paulista, o Índice de Preço ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) deve ficar em 4,29% e não mais em 4,33%. Para 2010, as projeções dos três índices foram mantidas em 4,5%.
A expectativa para os preços administrados em 2009 foi alterada de 4,35% para 4,30% e mantida em 4% em 2010. Os preços administrados referem-se aos valores cobrados por serviços monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo e outros).

Previsão é de melhora
Os analistas de mercado consultados pelo Banco Central (BC) fizeram uma projeção ligeiramente melhor para o desempenho da economia neste ano. Segundo o boletim Focus, a estimativa de queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos na economia, passou de -0,73% para -0,71%. Há quatro semanas, essa projeção de contração era de -0,44%. Para 2010, a estimativa de recuperação da economia com crescimento de 3,5% é a mesma há 14 semanas.
No caso da produção industrial, os analistas estimam para este ano uma queda maior: 4,78%, contra 4,50%, previstos na semana anterior. Para 2010, a projeção de crescimento de 4% é mantida há 16 semanas. Pela quarta semana seguida, cai a expectativa para o valor do dólar no fim deste ano. A projeção para o a cotação do dólar passou de R$ 2,04 para R$ 2. Para 2010, foi alterada de R$ 2,13 para R$ 2,10. A estimativa para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) é de US$ 20 bilhões, há duas semanas. Para 2010, a expectativa foi ajustada de US$ 15,05 bilhões para 15,70 bilhões.
Para as transações correntes (todas as operações do Brasil com o exterior) a projeção de déficit passou de US$ 17,55 para US$ 17 bilhões neste ano e de US$ 22,30 bilhões para 22,10 bilhões em 2010. Os analistas mantiveram a estimativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo e ajudam a criar empregos) em US$ 23 bilhões neste ano e em US$ 25 bilhões, em 2010. A projeção para a dívida líquida do setor público em relação ao PIB, neste ano, permanece em 39% há três semanas. Para 2010, foi ajustada de 37,50% para 38,40%. Quanto menor a relação entre dívida e PIB, maior é a confiança do investidor de que o país é capaz de honrar seus compromissos.

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