Banco Central mantém em 13,75% a taxa básica de juros do mercado.
Quanto mais alta a Selic, mais caro fica o crédito. …
Thomas Erbacher
BRASÍLIA (Agência Brasil) – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve, dia 29, a taxa básica de juros, a Selic, 13,75%, sem viés. Essa taxa remunera os títulos depositados no Serviço Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e é usada pelo BC como instrumento de controle da inflação. Quanto mais alta a Selic, mais caro fica o crédito, o que desestimula o consumo de bens e serviços. Quanto a Selic é alta, os bancos preferem comprar títulos do governo, remunerados pela Selic, do que emprestar aos consumidores.
No início deste ano, a Selic estava em 11,25%, permaneceu assim em março, subiu para 11,75% em abril, e nas reuniões seguintes do Copom também foi elevada: 12,25% em junho, 13% em julho e 13,75% em setembro. A reunião de hoje foi a penúltima prevista do ano. A última reunião de 2008 está marcada para dezembro. A taxa de juros fixada pelo Copom é a meta para a Selic e normalmente vigora por todo o período entre reuniões ordinárias do comitê.
No entanto, pode ser definido o chamado viés, que permite ao presidente do BC alterar a taxa a qualquer momento entre as reuniões. A última vez que isso aconteceu foi em março de 2003, quando foi estabelecido o viés de alta, ou seja, o presidente do BC podia elevar a Selic. No primeiro dia de reunião, os chefes de departamento e o gerente-executivo do BC apresentam uma análise da economia brasileira e internacional, o que inclui o acompanhamento de preços e possíveis pressões inflacionárias.
Dia 29, participaram apenas os diretores e o chefe do Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep), sem direito a voto. Depois de exposições, há uma votação, com busca de consenso. A ata da reunião é divulgada sempre na quinta-feira da semana seguinte, às 8h30min.