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sexta-feira, 26 de julho de 2024

Copom reduz juros para 8,75% ao ano no quinto corte seguido

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Copom reduz juros para 8,75% ao ano no quinto corte seguido
FINANÇAS: Ritmo de corte dos juros cai pela metade e mercado prevê que este será o último corte …

Cleiton Baumann

BRASÍLIA (Agência Brasil) – Após reduzir os juros abaixo da barreira psicológica de 10% ao ano no mês passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reuniu nos dias 21 e 22 de julho e optou por cortar novamente a taxa Selic, agora de 9,25% para 8,75% ao ano, ou seja, 0,5 ponto percentual de queda.
Com a decisão, o ritmo de corte dos juros caiu pela metade. Isto porque, nos dois últimos encontros do Copom, em abril e junho, a taxa caiu um ponto percentual. Segundo economistas do mercado financeiro, esse deverá ser o último corte de juros, pelo menos, até agosto de 2010. No fim do ano que vem, acreditam, a taxa deve voltar a subir.
Com a quinta diminuição consecutiva nos juros, que estavam em 13,75% ao ano no fim de 2008, o Copom renovou nesta quarta a mínima histórica. É a taxa mais baixa da série do Copom, que tem início em 1996.

Sistema de metas
No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o Copom tem de calibrar a taxa de juros para atingir uma meta pré-determinada com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Ao subir os juros, atua para conter a inflação e, ao baixá-los, avalia que a inflação está condizente com as metas.
Para este ano, e para 2010, a meta central de inflação é de 4,50%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Com isso, o IPCA pode ficar entre 2,50% e 6,50% sem que a meta seja formalmente descumprida.

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Juros reais
Com a redução efetuada pelo Banco Central, o Brasil melhorou duas posições no ranking mundial de juros reais – calculados após o abatimento da expectativa futura de inflação, segundo dados da Consultoria UpTrend.
O país, que em junho estava na terceira posição, passou para a quinta colocação. Com juros reais de 4,4% ao ano em julho, o Brasil foi ultrapassado pela Tailândia (5,5%) e Argentina (4,9% ao ano). As duas primeiras posições continuam ocupadas pela China (7,1%) e pela Hungria (5,6% ao ano).

Cenário dos últimos meses
O BC tem baixado os juros nos últimos meses por conta dos efeitos da crise financeira internacional na economia brasileira, que resultou em queda do crescimento por dois trimestres consecutivos – o que caracteriza um cenário de recessão.
Entretanto, a expectativa do mercado financeiro para o IPCA tem subido nas últimas semanas. Para 2009, a projeção já está em 4,53% (acima da meta central) e, para 2010, em 4,41%. Neste momento, o Copom já começa a prestar mais atenção no cenário de inflação do próximo ano — uma vez que as decisões sobre a taxa de juros demoram mais de seis meses para terem impacto pleno na economia.

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