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sexta-feira, 26 de julho de 2024

Exportações catarinenses caem 21,9% no primeiro trimestre

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Exportações catarinenses caem 21,9% no primeiro trimestre
QUEDA: Redução da demanda e acesso ao crédito para exportação provoca redução dos embarques d …

Cleiton Baumann

FLORIANÓPOLIS – As vendas das empresas catarinenses ao exterior sofreram queda de 21,86% no período de janeiro a março, na comparação com o mesmo período de 2008. Segundo levantamento da Federação das Indústrias (Fiesc) com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), os embarques ficaram em US$ 1,41 bilhão no primeiro trimestre. As importações também se reduziram na mesma comparação, porém apenas 6,03%, para US$ 1,66 bilhão. Com isso, a balança comercial catarinense registrou déficit de US$ 256,96 milhões nos três primeiros meses do ano, o primeiro saldo negativo no período desde 1989, último dado disponível no sistema do MDIC.
Segundo o presidente em exercício da Fiesc, Glauco José Côrte, o desempenho das exportações no trimestre mostra que os efeitos da crise estão sendo bastante severos sobre o setor exportador catarinense. "Isto se deve, principalmente, à queda na demanda mundial e às dificuldades de acesso ao crédito para exportação", explicou. Para ele, é possível que, ao longo do ano, volte a haver um equilíbrio na balança comercial. "Mas isso vai depender da retomada da atividade econômica nos países para os quais mais exportamos, como os da Europa, os Estados Unidos e a Argentina", destacou.
Entre os dez grupos de produtos mais embarcados pelo Estado, o único a registrar crescimento foi o fumo, com alta de 28,55%. As carnes e miudezas de frango tiveram queda de 18,79%, mas ainda assim mantiveram a liderança na pauta das exportações, com US$ 311,46 milhões. Na sequência ficaram os motores e geradores elétricos (queda de 2,25%), motocompressores herméticos (redução de 25,54%), produtos industrializados de frango (-1,45%) e carnes suínas (-22,46%).
Uma das alternativas apontadas por Côrte para reverter esta queda é a diversificação dos mercados. "Temos que buscar novos nichos de negócio, prospectar novos mercados, como está fazendo agora o presidente da Fiesc, Alcantaro Corrêa, que visitou três países da Ásia que nunca haviam sido explorados por missões oficiais da Fiesc", afirmou, em relação à missão da entidade à Cingapura, Tailândia e Vietnã, que retornou ao Brasil no dia 9 de abril.
Os dados mostram que, apesar da redução nas exportações no primeiro trimestre, as empresas catarinenses já estão buscando este caminho. Enquanto os destinos mais tradicionais reduziram as compras de produtos catarinenses, como os Estados Unidos (-32,73%), Holanda (-3,61%), Argentina (-26,22%) e Alemanha (-12,82%), alguns mercados emergentes registraram grande crescimento, principalmente Hong Kong (alta de 24,57%), África do Sul (aumento de 68,33%) e Arábia Saudita (mais 42,97%).
Nas importações, foram registradas grandes variações em diversos produtos, mas a pauta de compras internacionais do estado continua dominada por insumos para a indústria. Os itens mais importados foram catodos de cobre refinado, laminados de ferro e aço, polietilenos, polímeros de etileno em formas primárias e fios de fibras de poliesteres e artificiais. A lista dos principais fornecedores do Estado também não teve grande alteração, mantendo a liderança da China, seguida pela Argentina, Estados Unidos, Chile e Alemanha.

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