Frango, suínos e fumo puxam alta de 20,21% das exportações no semestre.
Com forte alta das vendas de frango, suínos e fumo e crescimento mais moderado, porém constante, d …
Thomas Erbacher
FLORIANÓPOLIS ? Com forte alta das vendas de frango, suínos e fumo e crescimento mais moderado, porém constante, de motores e geradores elétricos, moto-compressores e peças para motores a diesel, as exportações de Santa Catarina somaram US$ 4,08 bilhões no primeiro semestre deste ano, 20,21% a mais que no mesmo período do ano passado. As importações do Estado continuam com incremento bem maior, de 71,20%, e chegam a US$ 3,72 bilhões de janeiro a junho. Com isso, o saldo da balança comercial catarinense ficou em US$ 359,5 milhões no período, uma queda de 70,07% sobre os seis primeiros meses de 2007.
As carnes e miudezas de frango tiveram alta de 56,61% no primeiro semestre, e continuam liderando a pauta de exportações catarinenses, com US$ 832,6 milhões. O fumo ficou na segunda colocação, com US$ 335 milhões e aumento de 56,75%. Motores e geradores elétricos (US$ 218,4 milhões e incremento de 18,56%) e motocompressores herméticos (US$ 212,5 milhões e avanço de 14,26%) vieram na seqüência.
Outro produto do setor eletrometalmecânico importante na indústria catarinense, os blocos de cilindro e cabeçotes para motores a diesel, foram o nono produto mais vendido pelo Estado no exterior, com US$ 126,7 milhões e aumento de 17,49% sobre o mesmo período de 2007. As carnes e miudezas de suínos continuam se recuperando depois da forte queda sofrida em 2006, por conta do embargo da Rússia ao produto. No primeiro semestre, os embarques de suínos renderam US$ 197 milhões às indústrias catarinenses, 43,97% a mais que no mesmo período do ano passado.
Entre os principais destinos dos produtos catarinenses, o maior destaque ficou por conta da China. Depois de anos se notabilizando como um grande fornecedor do Estado, os chineses aparecem pela primeira vez nos últimos anos entre os dez maiores compradores de Santa Catarina. De janeiro a junho, as exportações para a China somaram US$ 109,9 milhões, um aumento de 46,78%.
A maior parte desse crescimento se deve a dois produtos básicos ? a soja, com US$ 65,8 milhões no semestre, e o óleo de soja, com US$ 16,4 milhões. No entanto, alguns produtos industrializados já se destacam, embora com valores ainda pequenos em relação ao total das vendas para a China. Blocos de cilindro e cabeçote para compressores, por exemplo, passaram de US$ 22,4 mil no primeiro semestre de 2006 para US$ 2,9 milhões no mesmo período de 2008.
Partes de motores e geradores elétricos não tiveram nenhuma exportação para os chineses na primeira metade de 2006, e chegaram a US$ 2,3 milhões dois anos depois. Também comparando o primeiro semestre, tiveram forte incremento partes de compressores de ar (US$ 861 mil em 2006 para US$ 1,8 milhão em 2008), instrumentos para controle de velocidade de motores (zero para US$ 1,6 milhão), partes de turbinas e rodas hidráulicas (zero para US$ 1,2 milhão).
A província de Hong Kong, que nas estatísticas do comércio exterior brasileiro aparece separada da China, ficou logo atrás da própria China nas exportações catarinenses, com US$ 109,6 milhões. Os principais produtos vendidos para Hong Kong foram carnes, miudezas e preparações alimentares de frangos e suínos. Somadas, as exportações de Santa Catarina para Hong Kong e para a China chegaram a US$ 219,6 milhões até junho, 5,38% dos embarques catarinenses. No primeiro semestre de 2006, essa participação era de 3,48%, com US$ 97 milhões.
Nas importações, a China continua como o maior vendedor para as empresas catarinenses, com US$ 724,4 milhões, 100,34% a mais que na primeira metade de 2007. Os produtos mais comprados pelo Estado no exterior este ano foram insumos industriais como catodos de cobre, fios de fibras de poliéster e artificiais, pneus novos para veículos e polímeros de etileno.