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sexta-feira, 26 de julho de 2024

Brasil assume o comando das negociações na Rio+20

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Brasil assume o comando das negociações na Rio+20
Quarta-feira, ministros e chefes de Estado deverão aprovar o documento final da Conferência …

Neila Daronco/JMV

RIO DE JANEIRO – A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, é realizada até o dia 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. A Rio+20 é assim conhecida porque marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, no ano de 1992 (Rio-92) e deverá contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.


O objetivo da Conferência é a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes. Neste ano, a Conferência tem dois temas principais: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.
A Rio+20 é composta por três momentos. Nos primeiros dias, de 13 a 15 de junho, foi realizada a III Reunião do Comitê Preparatório, no qual se reuniram representantes governamentais para negociações dos documentos a serem adotados na Conferência. Até hoje, acontecem os Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável. E, de quarta a sexta-feira, ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Conferência, para o qual é esperada a presença de diversos Chefes de Estado e de Governo dos países-membros das Nações Unidas.

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DIVERGÊNCIAS NAS NEGOCIAÇÕES

Divergências entre países ricos e pobres, prevaleceram sobre vários temas – em especial, no que diz respeito aos chamados "meios de implementação", que tratam da transferência de recursos financeiros e tecnológicos para países em desenvolvimento, como forma de auxiliar na transição para um modelo de economia verde. Nas conversas que tem mantido com outros chefes de Estado, a presidente Dilma tem destacado que a crise internacional não pode atrapalhar o resultado do texto final da reunião.
O diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável, Assuntos Econômicos e Sociais da Rio+20, Nikhil Seth, disse que se não houver consenso em torno do texto final do Comitê Preparatório, a Conferência será considerada um fracasso internacional. A declaração foi dada em entrevista coletiva concedida à imprensa. “É um processo político. Todos estão envolvidos em criar o futuro que queremos. Se, hipoteticamente, não se chegar a um acordo, isso será um fracasso coletivo, do sistema internacional”, disse Seth. Também em entrevista coletiva, o ministro do Meio Ambiente da Alemanha, Peter Altmeier, disse, nessa segunda-feira, que o texto que está sendo negociado traz avanços substanciais, mas que ainda há espaço para melhorá-lo. Segundo ele, o documento poderia ser ambicioso, por exemplo, no que se refere aos oceanos.
O Brasil assumiu o comando das negociações na Rio+20, prometendo pulso firme para garantir que todos os impasses diplomáticos sejam resolvidos antes do início da cúpula de alto nível, no dia 20, quando ministros e chefes de Estado deverão aprovar o documento final da conferência. Ontem a tarde, Figueiredo disse que as negociações sobre o documento final do encontro "estão avançando bem" e que os 193 países estão próximos de um acordo e disse estar certo de que o texto seria fechado na noite de ontem. “Estamos absolutamente convencidos de que o texto vai ser fechado esta noite”, disse. Para ele, há “um ânimo muito positivo no sentido de encontrar as fórmulas finais que permitam os resultados que todos nós queremos.”

 

 

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