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sábado, 27 de julho de 2024

Empreender para crescer

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Um sonho que nunca morreu

A jornada começa em Rodeio na casa da Marli Pintarelli Girardi. Uma artesã, empreendedora que realizou um sonho que tinha desde criança.

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Na entrevistada a artesã abriu o coração e contou que desde criança, quando ela tinha seus sete anos, se aventurava na máquina de costura da mãe, “eu usava a máquina da minha mãe para fazer travesseiros e cobertas para minhas bonecas, como eu sempre fui apaixonada por costura, eu comecei a trabalhar em uma empresa desse ramo, cheguei a ser sócia em uma empresa familiar e assim vivi até me aposentar”, conta Marli.

Mas a artesã nunca desistiu do seu grande sonho, conseguir ser dona do próprio negócio e trabalhar com o artesanato. “Na garagem da minha casa, eu transformo meus sonhos em realidade, busco sempre fazer um trabalho diferenciado. Hoje trabalho com patchwork (trilhos de mesa, jogos de tapetes e outros), pesos de porta, bichinhos infantis, araras, tucanos, jogos americanos, bonecos de santos e panos. Quando estou fazendo meu artesanato, eu esqueço de tudo, foco no meu trabalho e aqui eu me sinto realizada”.

Sobre a valorização do trabalho, Marli é enfática em dizer que essa arte não é muito valorizada. “Mas eu gosto de me profissionalizar cada vez mais, fazendo cursos, tanto que em breve será lançada uma coleção sobre a identidade da cidade de Rodeio, então cada vez mais busco me aperfeiçoar na arte”, conta Marli.

Se você, leitor, lendo sobre a história da Marli, se inspirou, ela ressalta que o trabalho com o artesanato ajuda muito na renda. Tem meses que as vendas são mais intensas, outros que são um pouco parados. E para você que quer conferir as peças confeccionadas pela Marli, elas podem ser encontradas na loja Artes no Jardim, localizada no Jardim Botânico em Timbó, ou pelo WhatsApp (47) 988894735. A entrevista completa com a história da Marli, contando detalhes dos cursos, do seu amor pelo artesanato você encontra no canal do YouTube do Jornal do Médio Vale.

Da costura para o artesanato

Quem também abriu as portas da sua casa e mostrou seu ateliê foi Marlene Prust Perottoni, de Timbó. Incentivada pelo marido, a artesã é um exemplo de que quem acredita sempre alcança. Nesse ano de 2024, Marlene decidiu profissionalizar o que antes era feito de forma amadora. Apaixonada pelo artesanato, a entrevistada conta que sempre gostou dessa área, fazia enfeites para casa, às vezes se aventurava em dar de presente para amigos próximos. Mas antes de viver o real sonho, Marlene precisou trabalhar no setor de costura, que não era bem o que ela gostava, mas por necessidade se obrigou a trabalhar.

Após esse período trabalhando literalmente para pagar as contas, nossa entrevistada recebeu o empurrão de que precisava. Ela soube que o município disponibilizava aulas de artesanato, e um sábado ela foi até o Jardim Botânico, e se deslumbrou com o que viu. Os olhos brilharam, o coração acelerou e ela disse ao marido: “agora vou investir no artesanato, é isso que eu quero, e o melhor, eu recebi o apoio do meu marido, ele me incentivou e disse que me apoiaria em tudo o que eu quisesse”.

Marlene tem seu ateliê na própria casa, ela organizou o espaço e, mesmo que pequeno, é ali onde ela se sente a pessoa mais feliz do mundo. Marlene tem um grande diferencial, ela gosta de trabalhar com reciclado, o que para alguém é lixo, a artesã transforma em arte. Uma janela velha, ela transforma em um belíssimo artesanato. As garrafas de vidro velhas, ela pinta e transforma em utensílios domésticos. Além de trabalhar com reciclado, ela se aventura na pintura, no bordado, faz guirlandas, está sempre criando. “Por exemplo, eu vejo uma ideia na internet e em cima da foto eu consigo fazer algo com a minha identidade”, complementa Marlene.

É impossível para as entrevistadas não trazerem um pouco da sua vida no setor de costura para o empreendimento atual. Marlene costura em uma máquina antiga, que era utilizada pela mãe. A máquina era manual, o motor era no pé, com isso Marlene modernizou, colocando um motor elétrico.

“No começo eu pensava, será que vai dar certo, tinha algumas dúvidas, mas hoje eu vejo que estou no caminho certo”. Ao ser questionada sobre a valorização da profissão, ela é enfática: “O artesanato não é muito valorizado. As pessoas acham caro as peças, mas não conseguem ver o trabalho colocado pela profissional, demora para deixarmos as peças bonitas e prontas para comercialização. Por exemplo, há bordados que são todos feitos à mão, nada feito na máquina, isso exige tempo e muita paciência”.

Durante a entrevista, Marlene confidenciou que de certa forma se arrepende de não ter ido atrás do sonho antes, “na minha cabeça eu achava que só sabia costurar, mas hoje eu digo, você é capaz de aprender o que quiser. Existem cursos, a internet te possibilita apreender o que quiser é só correr atrás que a gente aprende”.

Marlene faz um convite para os leitores do JMV, no dia 3 de maio, às 18h, acontece no Jardim Botânico o famoso bingo Artes no Jardim. O evento é para pagar as despesas de manutenção da loja e outros custos. Quem quiser participar, a cartela tem o valor de R$ 50,00 e você tem direito a um delicioso café com cuca. Contato para comprar a cartela é o (47) 99279-3565 com Marlene. A entrevista completa com a história da Marlene, contando detalhes dos cursos, do seu amor pelo artesanato você encontra no canal do YouTube do Jornal do Médio Vale.

O mundo da fotografia

Saindo do mundo do artesanato, nós vamos mergulhar no mundo da fotografia. A entrevistada é Luana Caroline Latzke Dallabona. Um sonho que ficou encubado por 17 anos, até chegar o momento onde o que era algo complementar se tornou a principal renda.

Luana, tem 31 anos, mãe da Martina e esposa do Miguel Dallabona. No ano de 2007 comprou sua primeira câmera profissional, e apesar de não saber nem ligar, o interesse pelo objeto falou mais alto. Na época em que adquiriu, Luana trabalhava em um escritório de advocacia, a máquina custava quase cinco vezes o seu salário, mas ela foi persistente, fez um empréstimo e lá se iniciava um sonho.

A fotógrafa não tinha muitas habilidades, mas tinha curiosidade, pois o “Google” foi seu grande aliado e força de vontade. No começo seus retratos eram de flores, mato, olhos fechados, “não entendia nada de regras da fotografia, estilos, não sabia mexer no Photoshop nem nada. Com o tempo eu fui vendo que realmente eu gostava muito de fotografia e aos poucos fui encontrando a minha identidade. O que realmente eu queria fotografar era a família”.

Durante esse período, Luana sempre conciliou a fotografia com o seu trabalho principal, ou seja, aquele com a carteira assinada. O start na profissão aconteceu quando sua filha nasceu. “Eu realmente pensei que eu não seria mais fotógrafa, que a minha filha ia barrar a minha vida, foi um dos meus maiores medos e que realmente eu achei que não poderia mais conquistar o que eu tanto almejava que era o meu lugar nesse meio. Mas minha filha mostrou o contrário, ela veio para balançar as estruturas do meu pessoal, do meu profissional e do meu espiritual. A Martina veio para me tirar da minha zona de conforto e com isso, trabalhando desde sempre, desde os meus 16 anos de carteira assinada, eu tive coragem de largar o meu antigo emprego e viver do que eu mais amo”.

Questionada se a profissão é valorizada, Luana afirma que: “os meus amigos de profissão vão dizer que a gente paga para trabalhar Hoje, com a tecnologia que nós temos, as pessoas utilizam o celular para bater foto, não contratam um profissional para registrar os momentos. O profissional é capaz de enxergar o que você está vivendo e principalmente contar uma história. Fotógrafo tem em todos os lugares, agora pessoas que contam uma história não estão em todos os lugares. Se você for um bom profissional, qualquer ramo vai dar dinheiro. Agora a nossa profissão poderia ser mais valorizada”.

Luana é uma jovem empreendedora que acreditou no seu sonho, foi audaciosa e revelou que se tivesse tido a coragem, teria vivido esse sonho antes. Com essas entrevistas inspiradoras, o JMV homenageia a todos os trabalhadores.

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