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sexta-feira, 26 de julho de 2024

Estado ofereceserviço de emergência oncológica na Capital

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Estado ofereceserviço de emergência oncológica na Capital
Pacientes com câncer terão um espaço com mais qualidade para receber tratamento …

CLARICE GRAUPE DARONCO/JMV

Foto: James Tavares / SECOM

FLORIANÓPOLIS – Os catarinenses, que são vitimas de câncer e seus familiares receberam uma ótima notícia ontem, dia 26 de julho. Começa a funcionar segunda-feira, dia 30 de julho, a primeira emergência oncológica 24 horas do Estado e 36 novos leitos para os pacientes em tratamento contra o câncer.
A notícia foi dada pelo governador Raimundo Colombo, quando da inauguração destes dois novos serviços, que serão ofertados pelo Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), em Florianópolis. Também foram ativadas duas salas de cirurgia ambulatoriais, que vão permitir a realização de 60% dos procedimentos cirúrgicos no Cepon. O serviço de diagnóstico por imagem foi complementado com equipamentos de Raio-X e Ultrassom.
O novo Centro Cirúrgico Ambulatorial conta com duas salas para procedimentos cirúrgicos e uma sala de recuperação pós-anestésica com três leitos. A estrutura servirá para realizar cirurgias de diversas especialidades: ginecologia, urologia, mastologia, biópsias, colocação de catéteres, entre outras. A cirurgia ambulatorial é aquela que não exige a internação do paciente. A possibilidade de realizar as operações no local também deve acelerar os procedimentos ao dispensar a necessidade de espera pelas salas de cirurgia em outras instituições.

Com a abertura da Unidade de Internação, serão mais 36 leitos exclusivos para pacientes em tratamento clínico e cirúrgico, o que vai desafogar hospitais da região. Cada leito foi equipado com ar condicionado, televisor e poltrona de descanso para acompanhante, com rede de oxigênio e material de emergência. A estrutura está localizada no primeiro andar do Complexo Oncológico para facilitar a integração com os demais serviços oferecidos.

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O Serviço de Intercorrências é um novo setor do Cepon para atender com mais agilidade o retorno dos pacientes em tratamento contra o câncer. Esse atendimento mais humanizado abrange procedimentos como ajustes de medicamentos, reações adversas severas ao tratamento ou aos procedimentos médicos realizados e qualquer tipo de alteração preocupante no quadro clínico das pessoas que necessitem atendimento imediato. O ambulatório vai contar com médicos de plantão 24 horas.

A complementação do Serviço de Diagnóstico por Imagem acrescentou equipamentos para a realização de Raio-X e Ultrassom, que se somam aos serviços de mamografia e tomografia que já estavam em funcionamento. O serviço colabora no diagnóstico, que ajuda na prevenção e agiliza o tratamento dos pacientes.
Durante a solenidade, o governador também anunciou que o Estado vai investir R$ 15 milhões na terceira e última etapa das obras no Complexo Oncológico Wilson Kleinubing, no Itacorubi, o que vai permitir a realização de procedimentos de alta complexidade no local. Segundo Colombo, será incluida a obra no Pacto por Santa Catarina. “Se não der para enquadrar dentro do financiamento com o BNDES, vamos realizar mesmo assim, com recursos próprios. Essa é uma das prioridades reais dos catarinenses”, afirmou. Assim que iniciadas as obras, o prazo de conclusão é entre 18 e 24 meses. O Estado investiu R$ 8,96 milhões para a construção das novas unidades, de um custo total de R$ 10 milhões.
Para os profissionais que atuam no Cepon, as novas instalações representam um ganho de qualidade no tratamento do câncer porque, além de ampliar a capacidade de atendimento em mil pacientes por mês (hoje a média de quatro mil atendimentos mensais), evita que os doentes tenham que frequentar outras unidades de saúde em busca de tratamento. Até hoje, os procedimentos ambulatoriais eram realizados em outras unidades hospitalares. A centralização dos serviços agiliza o atendimento. O paciente não dependerá de vaga em outro hospital para dar início ou acompanhamento de seu tratamento.
Conhecido há muitos séculos, o câncer foi amplamente considerado como uma doença dos países desenvolvidos e com grandes recursos financeiros. Há aproximadamente quatro décadas, a situação vem mudando, e a maior parte do ônus global do câncer pode ser observada em países em desenvolvimento, principalmente aqueles com poucos e médios recursos. Assim, nas últimas décadas, o câncer ganhou uma dimensão maior, convertendo-se em um evidente problema de saúde pública mundial. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que, no ano 2030, podem-se esperar 27 milhões de casos incidentes de câncer, 17 milhões de mortes por câncer e 75 milhões de pessoas vivas, anualmente, com câncer. O maior efeito desse aumento vai incidir em países de baixa e média rendas. Em países com grande volume de recursos financeiros, predominam os cânceres de pulmão, mama, próstata e cólon. Em países de baixo e médio recursos, os cânceres predominantes são os de estômago, fígado, cavidade oral e colo do útero. Mesmo na tentativa de se criar padrões mais característicos de países ricos em relação aos de baixa e média rendas, o padrão está mudando rapidamente, e vem-se observando um aumento progressivo nos cânceres de pulmão, mama e cólon e reto, os quais, historicamente, não apresentavam essa importância e magnitude.

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