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sábado, 27 de julho de 2024

IML de Recife recebe 50º corpo de vítima do voo 447

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IML de Recife recebe 50º corpo de vítima do voo 447
TRAGÉDIA: Último corpo encontrado chegou ontem a Recife; força-tarefa já identificou 11 corpos d …

Cleiton Baumann

BRASÍLIA/RECIFE (Agência Brasil) – O último dos 50 corpos de vítimas do acidente com o voo 447 da Air France, resgatados até o momento, já se encontra em Recife (PE). O corpo, retirado do mar no último dia 16, chegou à capital pernambucana por volta das 11h de ontem, dia 22, a bordo do navio-tanque Gastão Motta, da Marinha brasileira.
Além do corpo, a embarcação transportava despojos (partes que não podem ser caracterizadas como corpos), além de destroços do avião, bagagens e objetos pessoais que pertenciam às pessoas que viajavam no Airbus A 330 que caiu em meio ao Oceano Atlântico no final da noite do dia 31 de maio, quando voava do Rio de Janeiro a Paris.
O corpo e os despojos foram entregues a representantes da Polícia Federal (PF) e do Instituto Médico Legal (IML) de Pernambuco, responsáveis por coordenar os trabalhos da força-tarefa criada para determinar a causa da morte e fazer o reconhecimento das vítimas que forem encontradas.
Já os destroços da aeronave ficarão à disposição do Bureau D´Enquêtes et D´Analises Pour la Securité de l´Aviation Civile (BEA, órgão francês correspondente ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, o Cenipa, no Brasil).

Identificação dos corpos
Onze vítimas foram identificadas desde o último dia 11, quando o trabalho pericial, em Recife, foi iniciado. Dez das vítimas são brasileiras, sendo cinco homens e cinco mulheres. A nacionalidade do único estrangeiro identificado, um homem, não foi divulgada. Por solicitação das famílias, os nomes não serão divulgados.
Segundo a assessoria da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, os 11 corpos já reconhecidos foram liberados para que os parentes das vítimas pudessem providenciar os enterros. Três deles foram levados para um cemitério da cidade de Paulista, na região metropolitana de Recife, onde foram embalsamados. Ainda de acordo com a assessoria, o serviço foi contratado pela Air France.
A identificação dos corpos vem sendo feita por uma força-tarefa integrada por peritos da PF e das secretarias de Defesa Social de Pernambuco e da Paraíba. Também fazem parte da Comissão de Identificação um representante do Comitê Permanente da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) na área de desastres coletivos, Lynn Aspinall, e um médico-legista francês, Alain Sanvoisin, que assinam conjuntamente todas as identificações feitas.
O trabalho consiste na comparação de informações sobre vestes, pertences, tatuagens, características físicas, impressões digitais, alinhamento dos dentes, forma das coroas e raízes dentárias, dados sobre tratamentos odontológicos, cirurgias médicas, além de exames de DNA – esses, quando necessários, serão feitos no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília.
As 11 identificações foram confirmadas pela análise das impressões digitais e da arcada dentária. De acordo com a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, ainda não chegaram informações de referência sobre a maior parte dos estrangeiros, por isso apenas um foi identificado.

Seguradora diz ter começado pagamento de indenizações a parentes das vítimas
Alguns dos parentes de vítimas do voo 447 já começaram a receber um adiantamento das indenizações pelo acidente ocorrido no último dia 31. Segundo a agência de notícias BBC Brasil, a informação é do diretor geral da seguradora francesa Axa, Patrick de la Morinerie, que não revelou detalhes sobre o número de famílias que já receberam o pagamento de parte dos valores a que têm direito. “As primeiras cartas foram enviadas no fim de semana para os parentes das vítimas que entraram em contato com a Air France. Este adiantamento é de cerca de 17,6 mil euros (cerca de R$ 47 mil)”, disse o diretor.
A antecipação será depois deduzida da quantia total a que cada família tem direito. Cerca de 15 companhias de seguro devem cobrir as indenizações do acidente. A francesa Axa, seguradora da Air France e também da Airbus, administra todo o contrato, em nome das outras seguradoras.
Os 216 passageiros estão cobertos pela apólice de seguro da Air France. No caso da tripulação, o contrato é relativo a acidentes de trabalho. As seguradoras da Air France também deverão indenizar a companhia aérea em um montante estimado em 67,4 milhões de euros pela perda do Airbus.
As estimativas são de que as indenizações do voo 447 podem custar entre US$ 330 milhões e US$ 750 milhões, no caso de ações na Justiça. Se esta estimativa estiver correta, o acidente com o Airbus A 330 da Air France pode se tornar o mais caro da história da aviação, à frente da queda de um avião da America Airlines em 2001, que custou US$ 708 milhões.

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