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terça-feira, 22 de outubro de 2024

Prevenção é o foco do Projeto Golfinho

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Prevenção é o foco do Projeto Golfinho

Lara Ferreira [email protected]

Foto: FOTOS/CBMT

Santa Catarina recebe todos os verões inúmeros turistas que chegam principalmente ao litoral, no período de férias. Com isso, o número de acidentes ligados aos banhos de mar, piscinas, rios e cachoeiras cresce significativamente nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro.

A cada uma hora e meia um brasileiro morre afogado, homens morrem em média 6,4 vezes mais, 45% das mortes por afogamento ocorrem antes dos 29 anos, quatro crianças morrem afogadas diariamente e 70% dos óbitos ocorrem em rios e represas.

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Segundo dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), o afogamento é a segunda causa de óbito em vítimas de um a quatro anos e terceira causa de cinco a 14 anos. Com o intuito de reduzir e até mesmo acabar com estas tristes estatísticas foi criado, pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), o Projeto Golfinho, um Programa de Conscientização e Prevenção sobre os Perigos dos Ambientes Aquáticos, Cidadania e Meio Ambiente, que possui a finalidade de educar o público infantojuvenil (entre nove e 13 anos) orientando de maneira lúdica os participantes sobre a utilização segura das praias, rios, lagoas e piscinas.

 

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Projeto Golfinho em Timbó

Esse é o segundo ano que o projeto acontece no município de Timbó. Para saber mais sobre o projeto a redação do Jornal do Médio Vale (JMV) entrevistou o coordenador do projeto, o bombeiro militar soldado Roger Faraco Silva, que no intervalo entre uma orientação e outra, durante o curso que acontece no Ginástico Clube Guairacás em Timbó, respondeu os questionamentos.

JMV – Quais escolas fazem parte do projeto?
Sd Silva – Neste ano, duas escolas fazem parte, a Escola Municipal Professor Nestor Margarida, localizada no bairro Araponguinhas e a Escola Básica Maurício Germer, localizada no bairro Vila Germer. A escolha pode ser aleatória, nesse caso específico, essas duas entidades possuem uma boa comunicação com o quartel, o que facilitou o processo de escolha, mas Silva afirma que outras instituições foram procuradas, mas que devido ao cronograma escolar não puderam participar.

JMV – Qual a faixa etária para participar do projeto?
Sd Silva – São alunos do sexto ano. Para participar é preciso ter um atestado, mas a corporação conseguiu através da Policlínica de Referência de Timbó gratuitamente. No primeiro dia, eles ganham um kit, com os equipamentos necessários para as aulas, como o uniforme, um boné.

JMV – O que é ensinado?
Sd Silva – Eles aprendem todo o tipo de prevenção, como evitar afogamentos, na região do mar, rios, piscinas, lagos, o que fazer perante uma situação de afogamento. A gente mostra para eles os riscos que eles “não enxergam”. O risco de pular em uma cachoeira, no mar tem a questão das bandeiras, então nós ensinamos o significado da cor de cada uma, tem também a corrente de retorno, sendo o local com menor frequência ou ausência de quebras de ondas e de extremo perigo.

JMV – Algum aluno já se afogou ou conhece alguém que já passou por alguma situação parecida?
Sd Silva – Alguns já se afogaram, outros receberam um alerta dos guarda-vidas, através do “apito”, pois estavam em local proibido no mar, teve aluno onde um familiar se afogou, e também aqueles que já presenciaram acidentes em cachoeiras.

JMV – O que é mais perigoso rio, piscina ou mar?
Sd Silva – Olha piscina é um grande risco, pois a maioria das casas tem piscinas, e não tem cercado nem monitoramento nessa área específica, então as crianças levam essas prevenções para dentro de casa. Não correr ao redor da piscina e outras orientações repassadas. O nosso trabalho é conscientizá-los do risco existente.

JMV – São quantas aulas?
Sd Silva – O cronograma foi dividido em duas manhãs onde na primeira parte, são as aulas teóricas e depois algumas atividades práticas relacionadas à prevenção, por exemplo, a brincadeira caça ao tesouro, que são pistas espalhadas pelo clube próximas a boias, nadadeiras, colete salva-vidas, brincadeiras lúdicas com o intuito de orientar o aluno.

JMV – Teve algum aluno com o trauma de piscina, mas que encarou o medo no curso?
Sd Silva – Teve. Uma aluna da Escola Nestor Municipal Professor Margarida, que estava quase chorando para entrar na piscina mais funda, obviamente todos os alunos com o equipamento segurança, o colete, mas na hora de entrar, eu observei que ela queria chorar, o que fiz foi entrar com ela e aos poucos ela foi vencendo o medo, eu aproveitei essa situação para demonstrar o que os alunos podem fazem nessa situação, que é jogar um equipamento flutuante para a pessoa, pois essa é uma maneira de quem está se afogando ou com risco, de conseguir se salvar. A instituição de ensino que tiver interesse de participar do Projeto Golfinho, pode entrar em contato com o quartel do Corpo de Bombeiros de Timbó, no endereço: rua Itapema, 310 – bairro Quintino.

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