O período de maior migração de aves para a América do Sul iniciou em novembro e vai até abril. Nestes meses se intensificam as ações já realizadas de vigilância conjunta e são reforçadas as medidas de biosseguridade, para diminuir os riscos de entrada e disseminação da influenza aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), também conhecida como gripe aviária. A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) junto à Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) chama atenção para a necessidade de redobrar os cuidados.
Santa Catarina se mantém livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, sem registro de casos nos aviários comerciais. Isso é fundamental, pois é um dos estados que mais produz carne de aves, sendo o segundo maior produtor e exportador de carne de frango do país, correspondendo a 12,7% da produção nacional. “O trabalho integrado da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, Cidasc e setor produtivo é permanente e vigilante. Isso permite que nossos aviários comerciais fiquem livres do vírus. Temos um sistema de Defesa Agropecuária de alta credibilidade, somos referência nacional e internacional em sanidade e atendemos os mercados mais exigentes”, afirma o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.
A influenza aviária é considerada uma doença de alto risco para aves domésticas e silvestres quando causada por subtipos de vírus altamente patogênicos. É uma doença grave, com altas taxas de mortalidade das aves, além de ser de notificação obrigatória aos órgãos oficiais nacionais e internacionais de controle de saúde animal.
A diretora de Qualidade e Defesa Agropecuária da Secretaria de Estado da Agricultura, Daniela Carneiro do Carmo, destaca os cuidados essenciais para evitar a doença e resguardar a sanidade avícola do estado. “É necessário que os produtores de aves confiram e reforcem as medidas de biosseguridade adotadas em sua criação, que proíbam visitas de pessoas alheias ao sistema de produção e que qualquer suspeita de influenza aviária seja notificada imediatamente”, enfatiza.
O último caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em Santa Catarina ocorreu no ano passado, em ave silvestre, e o Estado conseguiu manter a gripe aviária longe da produção comercial. A resposta rápida e eficaz dos profissionais da Cidasc a qualquer notificação de suspeita foi e é fundamental para conter a disseminação do vírus. “Apesar de não termos registrado nenhum caso de influenza aviária no estado desde dezembro de 2023, a atenção não pode diminuir. Por isso, a Cidasc continua realizando as atividades de vigilância de forma permanente e intensiva por meio da atuação dos profissionais em conjunto com os produtores rurais, para que seja detectada o quanto antes, caso volte a ingressar no nosso estado. Somente esse ano, a Cidasc realizou 177 investigações para influenza aviária, sendo todas negativas”, afirma a diretora de Defesa Agropecuária da Cidasc, Débora Reis Trindade de Andrade.