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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Solidez no amor: a história de 65 anos de união

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“As Bodas de Ferro celebram 65 anos de casamento e simbolizam a solidez e a durabilidade da união matrimonial, assim como o ferro representa resistência e força. A celebração desse marco muitas vezes é vista como um reconhecimento dos desafios superados e das conquistas compartilhadas durante esses anos de vida conjugal”. Com essas palavras, o pastor da Comunidade Luterana Cristo Redentor de Timbó, Ademar Kroenke, conta a história dos seus avós.

Segundo ele, “na data de 6 de junho de 1959, na igreja da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Timbó, subiam ao altar Roland e Ursula Hinsching, nascida Beyer, para pedir a bênção de Deus para o então início da vida a dois. O casal se conheceu em Benedito Novo. Um irmão de Ursula, Walter Beyer, já era casado com uma irmã de Roland, Ella Hinsching. No tempo de namoro, Ursula trabalhava na lavoura com seus pais, Leopold e Frida. Já Roland era motorista de caminhão desde os 16 anos. Movidos pelo amor, decidiram pelo casamento e foram ao altar. No ano seguinte, 1960, nascia Ditmar, o primeiro filho do casal, seguido dos filhos Didlen e Ademir”.

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O pastor relata que, “para o sustento da família, Roland continuava a trabalhar como caminhoneiro, e Ursula cuidava dos afazeres domésticos e da lavoura, além da criação de gado e suínos. Sempre que estava em casa, Roland a auxiliava nessas tarefas. Os primeiros anos de casados foram difíceis. O filho Ditmar estava sempre muito doente, necessitando de cuidados especiais. Além disso, voltaram a morar em Benedito Novo, na localidade de Barra São João, para cuidar dos pais de Ursula. Sua mãe, Frida, permaneceu acamada, paralítica e cega por mais de uma década. Vale lembrar que nesse tempo o casal não tinha máquina de lavar, fralda geriátrica ou acesso à assistência médica como na atualidade. Ursula, além da roça, da criação, dos filhos e da mãe, ainda sofria com fortes crises de enxaqueca. Foram dias difíceis, mas o casal nunca perdeu a fé e a esperança. Ambos ajudaram a fundar a Comunidade Evangélica de Confissão Luterana na Barra São João. Roland foi também um dos fundadores da Cooperativa de Energia Elétrica do Salto Donner (Cersad)”.

Kroenke conta que, “o tempo passou, os filhos cresceram e os pais do casal faleceram. A família cresceu. Os filhos casaram e nasceram os netos. Nesse tempo, o casal já havia vendido a propriedade no Barra São João e construído sua residência no Rio Tigre, onde residem até hoje”.

O pastor observa que, “ao longo desses 65 anos de matrimônio, o casal experimentou muitas alegrias, conquistas e vitórias. Houve também momentos de provação, sofrimentos e temores. Em todas essas situações, o casal perseverou no amor e na fé. Diante de conflitos, praticaram o diálogo, o perdão e a reconciliação. O casal considera que, ao longo da vida a dois, foram aperfeiçoados por Deus, pela ação do Seu Espírito Santo, e aprenderam um com o outro. Um momento marcante foi em 2000, quando Ursula foi diagnosticada com câncer de mama. A doença foi vencida com um árduo e longo tratamento realizado em Florianópolis e depois em Blumenau. Nesse tempo, a fé em Deus e o apoio da família e amigos foram determinantes para não desanimar”.

A celebração das Bodas de Ferro é uma oportunidade para o casal expressar gratidão a Deus pelas tantas bênçãos na trajetória a dois. O matrimônio vale a pena, não porque é uma instituição perfeita, mas porque os cônjuges são aperfeiçoados no amor de Deus. Na celebração das Bodas, dia 1º de junho, na residência do casal, o neto do casal, pastor Ademar Kroenke, enfatizou a importância de estarem cada vez mais unidos, pois no futuro precisarão ainda mais um do outro. Agradeceu pela família, filhos, noras, genro, netos e bisnetos, ressaltando a importância de todos para o casal. Fez votos de que o amor, a fé e a esperança, que acompanharam o casal até aqui, se renovem a cada manhã e os mantenham firmes no propósito do Senhor.

Por fim, o casal agradece a Deus que uniu suas mãos e corações e os manteve juntos até aqui. Pede que Deus os conserve firmes nesse amor e na fé para a eternidade. “Testemunha que o matrimônio vale sempre a pena quando um casal quer compartilhar sua vida, tanto os prazeres quanto os pesares. Lembra que o casamento é um recomeço diário e que, enquanto há amor, é sempre possível continuar. Agradecem a Deus pela família maravilhosa e pelos amigos com os quais a vida os presenteou. Desejam ser um exemplo, não de um casal perfeito, pois isso não existe, mas de um casal que se deixou aperfeiçoar no amor, viveu em fé e por isso chegou até aqui: ‘pois até aqui nos ajudou o Senhor’ (1 Samuel 7.12)”, frisa o pastor.

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