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domingo, 13 de outubro de 2024

Vinícola de Ascurra se destaca na produção de vinho artesanal.

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Vinícola de Ascurra se destaca na produção de vinho artesanal.
FAMILIAR: Família Mondini investe na produção da bebida há cinco gerações, produzindo cerca de …

Thomas Erbacher

JULIANA SANCHES/JMV

ASCURRA ? Os apreciadores de uma das bebidas mais antigas do mundo, podem degustar um vinho produzido artesanalmente (sem conservantes) na Vinícola Mondini, em Ascurra. A Família Mondini, que está há 128 anos no Vale do Itajaí, expandiu a produção de vinho em 1984, colhendo aproximadamente 18 quilos de uva por pé de parreira durante a última safra, sendo que o período da colheita costuma acontecer entre os dias 15 de dezembro e 8 de fevereiro. A empresa foi fundada por Giovanni Mondini, que começou a introduzir as primeiras vinhas para consumo da família, em 1908, no qual deu continuidade ao longo dos anos, passando de pai para filho, estando hoje em sua quinta geração.

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Hoje, os parreirais estão plantados ao logo de oito hectares, mas a área total da propriedade dos Mondini possui 26 hectares. Atualmente, a empresa produz vinhos tintos e brancos, das uvas Bordô e Niágara. A quantidade de vinho produzida ao ano é de 40 mil litros. Mas, a maior parte das uvas usadas na produção do vinho vem de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. ?Produzimos, na maior parte, uvas de mesa, porque o clima do Vale do Itajaí não é propício para o cultivo voltado ao vinho. Por isso, a fruta é enviada para supermercados da região?, explica o administrador da Vinícola, João Vansuita.

Processo de produção

Ao chegar no local, a uva passa por todo um processo até se transformar em vinho. A fruta é colocada numa barrica de madeira, onde fica de três a cinco dias. Depois de separado da casca, o suco vai para estoqueira (área de reserva), o qual permanece por aproximadamente 55 dias, sendo que após este período o produto é filtrado. No total, o processo de vinificação leva uns dois meses até o vinho chegar ao mercado. ?Produzimos tudo de uma vez e engarrafamos conforme a procura. Os melhores meses para venda é junho, julho e agosto, considerado o período mais frio na região. Noventa por cento do produto fica no Vale do Itajaí, mas temos planos de inserir a bebida no comércio da região, pois, basicamente, o consumidor vem até aqui para comprar.

Também temos projetos de expandir a produção, mas a nossa preocupação é preservar a história. Sabemos que é difícil competir com vinhos importados, como o Chileno, por exemplo, mas queremos que o turista valorize o que é produzido na região?, afirma João. Outra venda importante acontece ao fim de cada ano, quando a Mondini oferece às empresas da região, vinhos personalizados com a logomarca de cada uma, como brindes de fim de ano. Um dos grandes projetos da Mondini é desenvolver uma linha fina de vinhos, como o Cabernet Sauvignon e o Merlot.

Villa Mondini

Idealizada por Clésio Ivo Mondini, a Villa Mondini é um parque turístico composto por um castelo medieval edificado em tijolos maciços, um salão de festas com uma ampla cozinha, palco, área de atendimento e espaço para mesas e cadeiras, cantina de dois pisos em formato original da região de Trento, na Itália, com espaçosas varandas italianas. O local também possui uma adega de vinhos, construída no início do século 20 e uma praça calçada, que une todos os ambientes. Tudo isto construído em material rústico, datado dos anos de 1910 a 1930, tornando-se um ambiente único no Estado de Santa Catarina. O local é alugado para eventos sociais e tem capacidade para aproximadamente 400 pessoas. Os interessados podem entrar em contato através do telefone (47) 3383-0368 ou pelo e-mail [email protected].

Vendas foram prejudicadas

Conforme João, este ano foi ruim para as vendas, primeiro pela mudança na legislação com a medida provisória que proibia a venda de bebidas alcoólicas nas rodovias federais, e logo depois, a vigência da Lei Seca, que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas por parte dos motoristas. ?Diminuiu muito a venda da bebida, mas a produção continua a mesma?, ressalta.

Vinho e comida

Se servir vários vinhos numa mesma refeição, deve começar pelo mais leve e fraco e acabar pelo mais forte e encorpado. O vinho que vai servir deve estar em harmonia com a comida que acompanha: os vinhos suaves devem acompanhar pratos pouco temperados e os vinhos fortes e encorpados convêm mais aos pratos pesados e temperados.

Entradas

Com as entradas deve ser servido vinho branco seco, vinho verde branco, vinhos generosos secos ou ainda vinhos espumosos secos.

Sopa

Com sopa é clássico ?molhar-se a boca? com generosos secos. No entanto, os vinhos rosados e os espumosos podem servir de vinho único ao longo de uma refeição.

Mariscos

Os mariscos servem-se, normalmente, com o mesmo vinho servido para os aperitivos (vinho branco seco ou verde) ou, se forem acompanhados por molhos picantes, com vinho branco suave, adamado.

Saladas e escabeches

Aos pratos avinagrados, como saladas muito temperadas ou escabeches, não convém nenhum tipo de vinho.

Peixes

Com peixe serve-se, normalmente, o mesmo vinho que serviu para os aperitivos (vinho branco seco ou verde). Se forem servidos com molhos picantes, aconselha-se um vinho branco suave, adamado.

Peixe estufado e caldeiradas

Com peixe estufado ou em caldeirada, convém apresentar vinhos tintos ligeiros (ou mesmo encorpados, se a caldeirada for picante).

Carnes frias

Com carnes e aves frias servem-se vinho branco adamado ou tinto ligeiro.

Massas

Com massas, legumes, arroz e ovos servem-se vinhos brancos adamados ou tintos ligeiros.

Carnes vermelhas e caça

As carnes vermelhas e a caça, assadas ou guisadas ou em pasta (tortas recheadas, empadas), servem-se acompanhadas por vinho tinto encorpado. As carnes assadas também combinam com vinhos espumosos secos.

Carnes grelhadas

Com carnes grelhadas ou assadas (desde que sem molho) servem-se vinho tinto leve.

Chanfana

Um prato confeccionado com um determinado vinho serve-se sempre acompanhado pelo vinho utilizado na sua preparação.

Queijos

Com queijos fermentados (crus) servem-se vinhos tintos fortes. Queijos de pastas cozidas (tipo gruyére) pedem vinhos tintos mais leves. Com queijos frescos servem-se vinhos brancos suaves.

Doces

Com doces não alcoolizados servem-se vinhos doces brancos, espumosos doces ou ainda generosos doces e meio-doces. Com doces confeccionados com licores ou aguardentes, só devem servir-se as bebidas utilizadas na sua preparação.

Fruta

Com fruta nunca se servem vinhos.

Café

Com café devem servir-se aguardentes.

[email protected]

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