A polêmica das bicicletas elétricas
A Polícia Militar, seguindo ordens das autoridades de trânsito, está exigindo a CNH (Carteira Nac …
Cleiton Baumann
A Polícia Militar, seguindo ordens das autoridades de trânsito, está exigindo a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) para os condutores de bicicletas elétricas. O assunto gerou polêmica, pois muitos entendiam que, por se tratar de uma bicicleta, o veículo não se encaixaria nas leis de trânsito. Na verdade, a “bicicleta elétrica” é, na prática, um ciclo-motor, que alcança velocidade de até 40 km/h, portanto, bem acima das bicicletas comuns. O uso da denominação “bicicleta elétrica” foi adotado pelos fabricantes, por ter as mesmas características de uma bicicleta comum e ser de fácil manuseio. Passada esta polêmica, os condutores têm agora uma informação correta sobre as exigências para a circulação do veículo. A exigência de habilitação não deve desestimular a aquisição destes veículos, ao contrário, deveria haver um incentivo governamental para que um número maior de pessoas adotasse o seu uso. Não deixa de ser uma inovação a colocação deste veículo no mercado. Além da economia de transporte, o veículo é classificado como ecologicamente correto. Ou seja, quem fizer uso da “bicicleta elétrica” não estará poluindo o meio ambiente. O Vale do Itajaí, que foi colonizado basicamente por alemães e italianos, deveria seguir o exemplo dos países de origem de seus ancestrais, onde a utilização de bicicletas como meio de transporte é uma prática comum. Especialmente na Alemanha, país com extenso território de geografia plana, a bicicleta é mais usada no dia-a-dia do que os veículos motorizados. O resultado dessa prática é mais economia para o bolso, exercício físico para saúde corporal e mental, além de baixos índices de poluição do ar. Se nas grandes cidades fosse incentivado o uso de bicicletas, especialmente as elétricas, devido as distâncias, teríamos, além dos benefícios já mencionados, uma redução significativa, senão total, do caos no trânsito.