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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Jovens ainda não têm medo das doenças sexuais.

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Jovens ainda não têm medo das doenças sexuais.
SEXUALIDADE: Uma pesquisa feita por alunos do curso de Biomedicina da Uniasselvi revela a falta de c …

Thomas Erbacher

LILIANI BENTO/JMV

INDAIAL ? Os jovens ainda não estão levando a sério a necessidade de utilizar preservativo nas relações sexuais e, muitas mulheres, mesmo na terceira idade, nunca fizeram uma consulta com o ginecologista. Estes são dados alarmantes, mas que estão sendo delineados em uma pesquisa por amostragem, realizada, no primeiro semestre deste ano, por alunos do curso de Biomedicina da Uniasselvi. A pesquisa não tem caráter científico, porém, de acordo com o coordenador do curso, Antônio Roberto Rodrigues, serve de balizamento para a criação de um grupo de estudos sobre comportamento sexual e o início de um trabalho preventivo.

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Foram entrevistadas 1.500 pessoas. Deste total, 1.100 com idade entre 13 e 18 anos e, apenas 60 pessoas, com idade acima de 50 anos. ?Ainda estamos compilando os dados. Mas a idéia é de segmentar a pesquisa para termos dados mais precisos por faixa etária?, avalia. No entanto, a amostragem já serve para comprovar que os jovens ainda não estão conscientes da necessidade de usar preservativo como método para evitar gravidez indesejada e DST´s (Doenças Sexualmente Transmissíveis) em geral.

Mesmo com a alta exposição à informação, com internet, TV, cinema e campanhas governamentais sobre a necessidade do uso do preservativo, dos 1.100 jovens entrevistados, 80% afirmaram que a primeira relação sexual ocorreu antes dos 18 anos e não foi com parceiro fixo, 30% não utilizou o preservativo e 70% deixaram de usar em alguma situação. ?Há muita informação e pouca conscientização?, diz.

Segundo o coordenador do curso, em casa, ainda é tabu os pais falarem sobre sexo com seus filhos, o que facilita para que aprendam na rua e, muitas vezes, não tomem os devidos cuidados. Por este motivo, o coordenador acredita que as campanhas de prevenção devem ser mais enfáticas para realmente atingir o público alvo. Dos 1.100 entrevistados, 50% revelaram que não conversam sobre sexo com os pais.

A visita ao ginecologista, tão importante para quem tem vida sexual ativa, também não tem sido levada a sério pelas mulheres. Algumas infecções, transmitidas via sexual e que podem causar infertilidade e até a morte, podem ser diagnosticadas com exames preventivos. Do total de entrevistadas, 70% nunca foram ao ginecologista e, entre as mulheres com idade acima de 50 anos, 4% nunca visitaram este profissional.

Pesquisas servirão para um trabalho de prevenção.

O coordenador do curso diz que pretende tornar estas pesquisas corriqueiras no primeiro semestre do curso de Biomedicina com o objetivo de traçar um perfil do comportamento sexual na região. Ele tem ampla experiência no assunto, visto que coordenava um grupo de estudos sobre sexualidade no Centro Universitário Barão de Mauá, em Campinas, São Paulo.

Os estudos servirão de base para a elaboração de um trabalho preventivo. O coordenador do curso acredita que há muito por fazer na região, neste sentido, visto que, durante a pesquisa, em algumas escolas os estudantes foram impedidos de entrar e conversar com os jovens.

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