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sábado, 27 de julho de 2024

Uniasselvi doa 80 mil tijolos para Prefeitura de Blumenau

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Uniasselvi doa 80 mil tijolos para Prefeitura de Blumenau
SOLIDARIEDADE: Famílias desabrigadas receberão o material para construção de casas …

Cleiton Baumann

CLARICE DARONCO/JMV

INDAIAL – Na noite de terça-feira, dia 23 de junho, as famílias desabrigadas pela tragédia geoambiental, registrada em novembro de 2008, em Blumenau, tiveram motivos para sorrir. Na ocasião, o grupo Uniasselvi apresentou, no Teatro Da Vinci, aos seus colaboradores, acadêmicos, autoridades convidadas, imprensa e comunidade em geral, os resultados da campanha de solidariedade que foi organizada pela instituição.
O reitor da Uniasselvi, representando o Grupo, Malcon Tafner, fez a entrega simbólica de 80 mil tijolos a Prefeitura de Blumenau. Na oportunidade, o secretário de Habitação e Regularização Fundiária de Blumenau, Álvaro Pinheiro, recebeu das mãos do reitor um tijolo, firmando o compromisso da doação do material.
Em seu pronunciamento Malcon afirmou que o tijolo, que estava dando ao secretário, representava a dedicação e a solidariedade de mais de 70 pessoas ligadas ao Grupo Uniasselvi, que se sensibilizaram durante a tragédia registrada em vários municípios do Médio Vale, mas em especial, com as famílias de Blumenau, que em poucos minutos perderam conquistas e sacrifícios de uma vida inteira.
Malcon falou de todas as ações desenvolvidas pelo grupo durante a tragédia e agradeceu publicamente aos voluntários. Em especial, foi destacada a parceria da Bunge Alimentos, de Gaspar, e da Apae de Blumenau, que se uniram aos voluntários da Uniasselvi e confeccionaram mais de 40 mil pães, que foram distribuídos entre os desabrigados.
Também foi lembrado pelo reitor, a parceria com a Farmácia Jader, na prática de preços acessíveis aos medicamentos e nas mais de oito mil fraldas doadas pelo Grupo Uniasselvi às instituições de apoio, na época. Foram recolhidos e distribuídos nove toneladas de roupas e alimentos, 500 mil litros de água, cinco mil brinquedos. “A todos os nossos parceiros, o nosso muito obrigado”, frisou Malcon.
Já o secretário Álvaro Pinheiro, ao agradecer a doação, comentou a respeito dos esforços para reconstruir o município. “Só temos que agradecer ao Grupo Uniasselvi e a todos que estão colaborando com a reconstrução de Blumenau”. Na oportunidade o secretário destacou que Blumenau tem ainda hoje cerca de 300 famílias que estão em moradias provisórias. Ele prometeu que no mês de setembro deste ano Blumenau se tornará um canteiro de obras, pois terá início a construção de cerca de três mil unidades habitacionais, nas dez áreas adquiridas com recursos oriundos de doações e parcerias, em especial, com o Instituto Ressoar.

Palestra aborda detalhes da tragédia geoambiental de 2008

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O geólogo e doutor em Engenharia Civil, Juares José Aumond, apresentou na noite de terça-feira, no Teatro Da Vinci, a palestra com o tema “A maior tragédia geoambiental da história brasileira”. O tema teve como referência os deslizamentos que ocorreram em novembro de 2008 no Vale do Itajaí.
Na explanação do professor, 82% dos deslizamentos ocorreram por interferência humana. A palestra, que estava repleta de informações técnicas e análises de importantes profissionais, oportunizou a explicação de características geológicas da região e a forma como a sociedade utiliza de maneira errada os solos e encostas. Para o professor os serviços mal feitos de terraplanagem, por exemplo, são uma ameaça à segurança de todos. Aumond apresentou os ciclos de adaptação da natureza e disse que “o passado é a porta para o entendimento do futuro”, ao apresentar fenômenos como os de 1918, ocorridos na região e que causaram danos graves à natureza local.
Aumond justificou o nome da palestra – “A maior tragédia geoambiental brasileira” – devido aos impactos financeiro, geológico e psicológico causados após novembro de 2008. “Em número de mortes, o que aconteceu na Serra das Araras, no Rio de Janeiro, em 1967, foi muito superior: lá se perderam 1.700 vidas devido aos deslizamentos”. O professor diz que no caso do Vale do Itajaí, entretanto, aconteceram mais perdas geológicas e financeiras. Para ele, em termos econômicos, o impacto foi de R$ 6 bilhões.
Para finalizar a palestra o professor abriu para perguntas, em especial dos integrantes da Defesa Civil dos municípios da região. Após os questionamentos serem sanados o professor fez uma afirmação final: “Devemos cobrar do Ministério Público fiscalização quanto ao uso de nossos recursos na recuperação dos danos causados pela tragédia. O que estão fazendo é jogar dinheiro barranco abaixo”. Para Aumond, as obras que estão sendo executadas são mal planejadas pelos órgãos de recuperação e devem ser alvo de investigação pública.

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