Vacinas: Fake News
Coordenação do Rotary informa sobre a divulgação de informações falsas sobre a Campanha de Vac …
Clarice Graupe Daronco / JMV
![](https://cdn-jornaldomediovale.aspin.com.br/wp-content/uploads/img-imp/fotos/33437/file/original/15663269053710.jpg)
TIMBÓ – “Este é um banner fake da Campanha de Vacinação contra o Sarampo”. Com essa frase o integrante da coordenação de campanhas do Rotary Club Timbó, Klaus Roeder, informa à redação do JMV com relação a um banner que está circulando nas redes sociais. O banner informa que a Campanha de Vacinação Contra a Poliomielite e o Sarampo seria realizada de 6 a 31 de agosto.
Segundo Klaus o lema do banner é de outras gestões do Rotary, não a atual. “Podemos informar com certeza que a Campanha de Vacinação Contra a Poliomielite e o Sarampo deste ano acontecerá de 7 a 25 de outubro, com o ‘DIA D’ marcado para 19 de outubro. Qualquer outra informação sobre as datas não é correta. Fique atento sempre a esse calendário e às informações oficiais do Ministério da Saúde”.
Acredita-se que as notícias falsas com relação à vacinação vêm em decorrência do registro de casos de sarampos no estado. No início do mês a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) divulgou um boletim que aponta que quatro pessoas foram identificadas com o vírus do sarampo em Santa Catarina. Conforme os dados da Dive, nenhuma das vítimas possuía comprovação vacinal contra a doença. Os casos foram identificados entre os dias 17 e 31 de julho.
Dos quatro casos apontados no boletim, três ainda aguardam os resultados de retestes, para confirmar a infecção pelo vírus que causa a doença. Os exames estão sendo feitos na Fiocruz, que é o laboratório de referência para esses testes no Brasil. Só depois do resultado é que a Dive vai confirmar se essas pessoas tiveram sarampo. Nas análises feitas pelo Laboratório Central (Lacen), a infecção foi identificada nessas pessoas.
De acordo com o boletim, as vítimas adquiriram a doença fora de Santa Catarina. Atualmente, o Brasil vive surtos de sarampo, que começaram com casos importados da Venezuela, em 2017 e já atingem vários estados. Neste ano, a doença foi identificada em pacientes do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas, Roraima, Pará e São Paulo.
As vítimas são duas mulheres, um menino e um homem adulto. A primeira mulher, de 40 anos, é moradora do município de Alto Paraíso de Goiás, em Goiás. Ela passou por São Paulo, antes de viajar a Florianópolis para uma visita. A outra mulher também não mora em Santa Catarina. Residente em São Paulo, ela também esteve em Florianópolis para visitar a cidade.
Já o menino, de 11 anos, mora em Florianópolis. Conforme o boletim, ele adquiriu a doença durante uma viagem a São Paulo. Por fim, o homem, com 30 anos de idade, é morador de São Paulo e realizou um deslocamento até a cidade de Guaramirim, no norte de Santa Catarina.
Para evitar que a doença se espalhe, a Dive está realizando uma série de ações, que incluiem o isolamento dos pacientes infectados, até o fim do período de contágio, e o bloqueio vacinal de quem pode ter tido contato com as vítimas e não recebeu nenhum tipo de imunização prévia.
O que é sarampo?
Sarampo é uma doença respiratória grave, causada por um vírus, que pode ser fatal. Sua transmissão ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas. A única maneira de evitar o sarampo é pela vacina.
Quais são os sintomas?
O doente apresenta febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, nariz escorrendo ou entupido e mal-estar intenso. Em torno de três a cinco dias, podem aparecer outros sinais e sintomas, como manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas que, em seguida, se espalham pelo corpo. Após o aparecimento das manchas, a persistência da febre é um sinal de alerta e pode indicar gravidade, principalmente em crianças menores de cinco anos de idade.
Atenção: Se você apresenta estes sintomas, procure a Unidade de Saúde mais próxima.
Como prevenir o sarampo?
O sarampo é uma doença prevenível por vacinação. Os critérios de indicação da vacina são revisados periodicamente pelo Ministério da Saúde e levam em conta: características clínicas da doença, idade, ter adoecido por sarampo durante a vida, ocorrência de surtos, além de outros aspectos epidemiológicos.
Quando tomar a vacina do sarampo?
? Aos 12 meses de idade (1 ano) – Primeira dose;
? Aos 15 meses de idade – Segunda e última dose por toda a vida.
Tomou apenas uma dose até os
29 anos de idade?
? Se você tem entre 1 e 29 anos e recebeu apenas uma dose, recomenda-se completar o esquema vacinal com a segunda dose da vacina;
? Quem comprova as duas doses da vacina do sarampo, não precisa se vacinar novamente.
Não tomou nenhuma dose, perdeu o cartão ou não se lembra?
? De 1 a 29 anos – São necessárias duas doses;
? De 30 a 49 anos – Apenas uma dose.
Quais são as vacinas que protegem do sarampo?
A profilaxia (prevenção) do sarampo está disponível em apresentações diferentes. Todas previnem o sarampo e cabe ao profissional de Saúde aplicar a vacina adequada para cada pessoa, de acordo com a idade ou situação epidemiológica. Os tipos de vacinas são:
? Dupla viral – Protege do vírus do sarampo e da rubéola. Pode ser utilizada para o bloqueio vacinal em situação de surto;
? Tríplice viral – Protege do vírus do sarampo, caxumba e rubéola;
? Tetra viral – Protege do vírus do sarampo, caxumba,
rubéola e varicela (catapora).
A vacina do sarampo é contraindicada para gestantes.
Onde devo tomar a vacina?
As vacinas são ofertadas em unidades públicas e privadas de vacinação. No SUS, as vacinas são gratuitas, seguras e estão disponíveis nas mais de 36 mil salas de vacinação nas unidades de Saúde em todo o Brasil.
O que causa o sarampo?
A transmissão do vírus ocorre de pessoa a pessoa, por via aérea, ao tossir, espirrar, falar ou respirar. O sarampo é tão contagioso que uma pessoa infectada pode transmitir para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes.
A transmissão pode ocorrer entre quatro dias antes e quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas pelo corpo.
Como é o tratamento do sarampo?
Não existe tratamento específico para o sarampo. Os medicamentos são utilizados para reduzir o desconforto ocasionado pelos sintomas da doença.
Não faça uso de nenhum medicamento sem orientação médica e procure o serviço de Saúde mais próximo, caso apresente os sintomas descritos acima.