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sábado, 27 de julho de 2024

Estado registrou 68 atentados em seis dias

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Estado registrou 68 atentados em seis dias
TIMBÓ ? O último atentado registrado no Estado foi às 22h, de domingo, dia 18 de novembro, na Ave …

JMV

Foto: Divulgação

TIMBÓ – O último atentado registrado no Estado foi às 22h, de domingo, dia 18 de novembro, na Avenida dos Italianos, no bairro São Francisco, em Criciúma. Um ônibus da linha Colonial foi atingido por uma pedra. O vidro quebrado feriu uma mulher, de 30 anos, que foi levada para o hospital, pelo Samu. Esse foi o atentado de número 68 de acordo com a Polícia Militar. Após esse atentado, segundo informações da Polícia Militar, a madrugada de segunda-feira, foi a primeira sem registro de ataques desde o dia 13 de novembro, quando foram registrados os primeiros ataques a ônibus e viaturas da PM.
Desde que as ocorrências começaram, os números de ataques vem diminuindo. Segundo a PM, considerando o período da 0h às 23h59min, no dia 12, foram contabilizados quatro atentados; 18 no dia 13; 17 no dia 14; 14 no dia 15; sete no dia 16; cinco no dia 17 e, 3 no dia 18.
Na noite de sábado, Florianópolis registrou duas ocorrências de ataques criminosos. Por volta das 22h30min de sábado, um veículo oficial da Udesc foi incendiado por bandidos na região da Barra do Aririú, em Palhoça. O fogo foi contido logo no início e, o carro sofreu danos parciais. Quinze minutos mais tarde, uma base da Polícia Militar na Praia dos Ingleses, Norte da Ilha, foi atingida por oito tiros. Segundo informações da PM, um veículo ainda não identificado passou em frente ao local e disparou os tiros. Ninguém foi atingido e os policiais trabalham normalmente no local.
Em Itajaí, um Fusca foi incendiado por volta da 1h deste domingo. O veículo estava abandonado em uma das principais vias do bairro São Vicente. A PM descarta a hipótese de ligação com os atentados da última semana e, atribui a ação a vândalos.
Ainda durante a madrugada, por volta das 5h, bandidos efetuaram disparos contra o Presídio Regional localizado de Araranguá, no Norte do Estado. Mais tarde, por volta das 6h, dois coquetéis molotov foram encontrados dentro de um posto de combustível, próximo ao presídio. Os artefatos foram jogados dentro do estabelecimento, mas não explodiram.
O sábado mal começou e mais um ônibus urbano foi incendiado por volta da meia-noite, na Estrada do Forte, em São Francisco do Sul e, um carro foi incendiado, por volta das 1h30min de sábado, em Canelinha, na Grande Florianóplis. Às 3h30min, de sábado, a base da Guarda Municipal de São José, no bairro Areias, foi alvejada. Ao todo, 10 disparos atingiram o prédio da instituição e duas viaturas que estavam no pátio. O município de Gaspar, também sofreu atentado, na madrugada de sábado, quando duas Kombis foram incendiadas em um terreno baldio da rua Ângela Maria Hostert, no bairro Bela Vista. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar estiveram no local. Às 23h30min, ainda no sábado, dois homens de moto, atiraram contra a base da Polícia Militar no Campeche, Sul da Ilha. Havia apenas um policial no local e ninguém foi atingido. A PM suspeita que os tiros sejam de armas de calibre 765.
Médio Vale do Itajaí
Visando inibir a ação dos marginais e evitar que os acontecimentos registrados nas cidades de Blumenau, Florianópolis, Gaspar, Itajaí, entre outras chegassem ao Médio Vale do Itajaí, o comando da 2ª Companhia situado em Timbó, disponibilizou 50 Policiais Militares e distribuídos em 23 viaturas que realizaram durante as noites de quarta-feira à domingo, um policiamento preventivo.
O trabalho teve como ponto de atenção os transportes coletivos e a abordagem de situações que levassem a suspeita, sendo realizado simultaneamente nas cidades de Timbó, Indaial, Ascurra, Pomerode, Rio Dos Cedros, Benedito Novo, Rodeio, Doutor Pedrinho e Apiúna. A operação resultou como positiva, não havendo nenhum caso de quebra da ordem e de ilicitude.

 

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Ligação de preso manda ataques pararem

A ligação foi receptada na última quinta-feira, dia 15 de novembro, gravada pelo aparato de segurança entre um presidiário de Blumenau e outro que não foi identificado o local. Tudo indica que o início e o fim dos ataques se devem ao sistema prisional. 
O diálogo entre os dois criminosos ressalta que a determinação de cessar os ataques vale para dentro das cadeias e fora seria para continuar com uma intensidade menor. A ordem se refere à mobilização dos presidiários em relação a greve de fome,
Em determinado trecho da conversa, os presidiários revelam o poder de articulação e de disseminação de informação, já que um deles fala da possibilidade de as visitas não serem permitidas, em função de investigações de autoridades em relação à denúncia de torturas. Nessa mensagem, refere-se a Penitenciária de São Pedro de Alcântara. Uma força-tarefa da Polícia Civil, Ministério Público e Justiça encaminharam 69 presidiários para realizar exames que detectam agressões.
Pelo conteúdo da ligação, o preso que inicia a conversa liga de Blumenau. Não foi descoberto o lugar onde está a pessoa do outro lado da linha. A identidade de ambos também permanece desconhecida. O detento que assume o rumo da conversa parece ter ascendência ou ocupar posição maior na hierarquia e repassa elogios de Rodrigo da Pedra, um dos homens apontados como responsáveis pelos ataques.
A Polícia Militar acredita que a redução dos ataques em Santa Catarina tem relação com a diminuição das prisões. A avaliação é do Tenente Coronel Araújo Gomes, do 4º Batalhão, PM em Florianópolis. “O que não há dúvidas foi que nos primeiros dias fizemos muitas prisões. Foram mais de 40 pessoas no total”, disse Araújo.
Conforme Araújo Gomes, o setor de inteligência da PM segue coletando informações sobre os atentados. Ele também garantiu que o sistema de proteção implementado no Estado será mantido pelo tempo que for necessário, inclusive com a Sala de Situação criada para monitorar os atentados.

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