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sexta-feira, 26 de julho de 2024

Janeiro Branco: saiba sua importância

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Janeiro Branco: saiba sua importância
Psicólogas falam sobre a campanha que tem como objetivo a prevenção do adoecimento psíquico …

Clarice Graupe Daronco / JMV

TIMBÓ – “Mais do que nunca, precisamos falar sobre Saúde Mental, convidando as pessoas para cuidarem de si e da saúde de todos”. Com essa frase as profissionais de psicologia, de Timbó, Katy Bremer e Francielle Hartmann falam sobre um importante tema que está sendo abordado durante o mês de janeiro: a Campanha Janeiro Branco.

De acordo com elas, esta é a maior Campanha do mundo em prol da construção de uma cultura da saúde mental na humanidade. “É uma campanha dedicada a colocar os temas da saúde mental em máxima evidência no mundo em nome da prevenção ao adoecimento emocional da humanidade. Tem como objetivo sensibilizar as mídias, as instituições sociais, públicas e privadas, e os poderes constituídos, públicos e privados, com relação à importância de projetos estratégicos, políticas públicas, recursos financeiros, espaços sociais e iniciativas socioculturais empenhadas(os) em valorizar e em atender as demandas individuais e coletivas, direta ou indiretamente, relacionadas aos universos da saúde mental. Considera-se essa campanha como sendo democrática, social, solidária, humanista, voluntária, colaborativa que abrange diversos aspectos sobre a saúde e a doença mental que vai além de falar sobre os sinais e sintomas do doente, que ele deve ser atendido nas suas necessidades de saúde, visto que pode acometer a muitos ao longo da vida e afeta em muito suas famílias e a sociedade”.

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Por que falar sobre a Saúde Mental? 

As profissionais explicam que o conceito de Saúde Mental, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem o mesmo princípio amplo de saúde, não sendo considerada apenas ausência de doenças, mas um completo bem-estar físico, psíquico e social. “Refere-se, portanto, a uma qualidade de vida cognitiva (pensamentos) ou o estado emocional (nossas emoções) e controle de nossos comportamentos. Alguns segmentos vão além ao considerar como um bem-estar físico, psíquico e também espiritual. Assim, a saúde pode ser definida como bem-estar biopsicossocial e espiritual. Além disso, ser saudável não é apenas sobre a sua alimentação e o quanto se exercita, mas sobre o que se pensa, diz e faz. Portanto, é um equilíbrio de seus pensamentos, sentimentos e comportamentos. Mudar os processos cognitivos pode levar a mudanças no comportamento, pois os pensamentos influenciam sentimentos e comportamentos. Ter saúde mental equilibrada implica em cultivarmos bons pensamentos, nutrir bons sentimentos, descontruir crenças limitantes, identificar pensamentos automáticos e traumas”.

De acordo com as psicólogas, há ainda muito estigma com relação às doenças mentais, parece até que muito mais que outras doenças. “E, é sobre isso que se precisa combater através de conhecimentos compartilhados à população. Existe muito tabu ou preconceito errôneo em relação aos tratamentos psiquiátricos e psicológicos. Aceita-se que o corpo pode adoecer, mas a mente e as emoções não. Precisa-se desconstruir a ideia de que não existe a doença mental e que fazer terapia é para loucos ou descontrolados, ou que precisa ir para um “manicômio”. A falta de conhecimento alimenta uma ideia deturpada sobre o trabalho de psiquiatras e psicólogos que atuam diretamente na qualidade de vida psíquica e emocional das pessoas”.

Katy e Francielle afirmam que o certo seria a prevenção, o autoconhecimento de suas qualidades e limitações tanto no aspecto mental e emocional, reconhecimento dos hábitos exercidos na sua rotina do corpo, pensamentos e das emoções, não somente quando já adoeceu. “Mas por que falar sobre a saúde mental, muitos devem estar se perguntando? Talvez porque atualmente as altas taxas de suicídios em nível mundial, de depressões, de ansiedades, de conflitos nos relacionamentos interpessoais, usuários de drogas estão tão elevados e fora do controle que necessitou debater mais sobre essas questões decorrentes do adoecimento mental”.

Qual a importância da Campanha?

A Campanha abre espaço para que cidadãos, psicólogos e demais profissionais (da Saúde ou não), se mobilizam para levar mensagens e reflexões aos indivíduos e às instituições às quais esses mesmos indivíduos encontram-se entrelaçados a cerca de uma qualidade de vida mais equilibrada e de saúde mental mais saudável.

As psicólogas observa quem atualmente o intuito da campanha é a prevenção do adoecimento psíquico, mental e emocional da humanidade, num sentido mais amplo. “E, fazer as pessoas refletirem mais sobre suas vidas, as qualidades de seus relacionamentos, sobre o conhecimento de si mesmo, seus pensamentos e suas emoções e seus comportamentos. Além de buscar novas estratégias que melhorem a qualidade de vida do indivíduo e até da população, quer seja através de políticas, culturais ou sociais, em forma de incentivos na educação sobre a saúde mental até em resoluções legais. Acredita-se que com essa campanha, muitas pessoas incluam mudanças no estilo de vida, mais cuidados com a sua saúde, que se organizem com os novos começos ou recomeços não só em coisas materiais, mas também na esfera da saúde mental e emocional também”.

Principais objetivos 

* Fazer do mês de janeiro o marco temporal estratégico para que todas as pessoas e instituições sociais do mundo reflitam, debatam, conheçam, planejem e efetivem ações em prol da Saúde Mental e do combate ao adoecimento emocional dos indivíduos e das próprias instituições;

* Chamar a atenção de todo o mundo para os temas da Saúde Mental e da Saúde Emocional nas vidas das pessoas; 

* Aproveitar a simbologia do início de todo ano para incentivar as pessoas a pensarem a respeito das suas vidas, dos seus relacionamentos e do que andam fazendo para investirem e garantirem saúde mental e saúde emocional em suas vidas e nas vidas de todos ao seu redor; 

* Chamar a atenção das mídias e das instituições sociais, públicas e privadas, para a importância da promoção da saúde mental e do combate ao adoecimento emocional dos indivíduos; 

* Contribuir, decisivamente, para a construção, o fortalecimento e a disseminação de uma “cultura da Saúde Mental” que favoreça, estimule e garanta a efetiva elaboração de políticas públicas em benefício da saúde mental dos indivíduos e das instituições como se apresentam em diversos municípios. 

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