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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Memórias de uma tragédia e a luta contra a repetição

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Há exatos dois anos, em 17 de janeiro de 2023, o município de Rodeio, viveu uma das piores tragédias de sua história. Fortes chuvas, que ultrapassaram 200 milímetros em poucas horas, provocaram uma enxurrada devastadora que deixou um rastro de destruição e dor. Naquele dia, cinco pessoas perderam suas vidas, arrastadas pela força das águas. Casas foram destruídas, pontes foram levadas e a cidade ficou praticamente isolada.

Em nota o coordenador da Defesa Civil da Prefeitura de Rodeio, Ariel Ricardo da Silva e o secretário de Obras, Alvino Junkes observam que a enxurrada de 2023 não foi apenas um evento isolado. Ela trouxe à tona a vulnerabilidade do município a eventos climáticos extremos, que, infelizmente, se tornaram mais frequentes e intensos nos últimos anos. A lembrança da tragédia ainda estava viva na memória dos moradores quando, no dia 17 de janeiro de 2025, exatamente dois anos depois, Rodeio voltou a ser atingida por fortes chuvas.

Os profissionais ressaltam que “embora a intensidade das chuvas deste ano não tenha se comparado à de 2023, o volume ainda foi significativo, causando alagamentos em diversas áreas da cidade”.

Resposta rápida

Diferentemente de 2023, desta vez a Prefeitura de Rodeio e a Defesa Civil estavam mais preparadas. “A experiência traumática serviu como um duro aprendizado, impulsionando a adoção de medidas preventivas e a criação de um plano de contingência mais eficaz”, observam eles.

A Secretaria de Obras agiu rapidamente, mobilizando equipes e maquinário para a desobstrução de vias, pontes e galerias. “O trabalho de limpeza e remoção de entulhos foi incessante, estendendo-se ao longo da noite e do fim de semana. O objetivo era claro: restabelecer a normalidade o mais rápido possível e minimizar os transtornos à população”, afirma Junkes.

A Defesa Civil, por sua vez, intensificou o monitoramento das áreas de risco, identificando os pontos mais críticos e vulneráveis a alagamentos e deslizamentos. Esse mapeamento detalhado é fundamental para direcionar as ações preventivas e orientar a população sobre os riscos existentes.

O coordenador da Defesa Civil informa ainda que as famílias atingidas pelas chuvas deste ano estão sendo orientadas a procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) para realizar um cadastro. Este procedimento é crucial por dois motivos:

  1. Assistência imediata: o cadastro permite que a Prefeitura identifique as necessidades mais urgentes das famílias afetadas. Até o momento, 10 famílias foram cadastradas.
  2. Planejamento a longo prazo: os dados coletados através do cadastro contribuem para um diagnóstico mais preciso da situação, fornecendo informações valiosas para o planejamento de ações preventivas futuras. Isso inclui a identificação de áreas que necessitam de obras de infraestrutura, como sistemas de drenagem mais eficientes, e a elaboração de programas de habitação para realocar famílias que residem em áreas de risco.

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